Em entrevista ao Claudio Dantas Talks, podcast de O Antagonista, Felipe D’Avila (foto) voltou a negar que o Novo, seu partido, seja uma linha auxiliar do bolsonarismo. O presidenciável criticou, mais uma vez, o orçamento secreto, comparando-o ao mensalão, e afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não é liberal.

“Eu pergunto para o Bolsonaro como é que ele se sente com o [ex] presidiário que é presidente do partido dele, que é o Valdemar Costa Neto, e para explicar a diferença entre mensalão e orçamento secreto, que são duas formas de corromper a democracia brasileira, se [você] achar que isso é linha auxiliar…é só o Padre Kelman que ele encara com linha auxiliar”, disse D’Avila nesta segunda (26).

O candidato do Novo ao Planalto também fez críticas à esquerda durante a entrevista.

“Nós somos o partido hoje que mais combate a esquerda em todos os sentidos, porque não acreditamos em nada do que eles acreditam em modelo de Estado, na ética e na eficiência pública”, afirmou D’Avila.

“O mundo não está dividido entre direita e esquerda, está divido entre liberais, que acreditam no Estado Democrático de Direito e antiliberais. Essa direita bolsonarista é a que eu digo que é uma direita antiliberal, e eles assumem isso. […] Cadê a abertura de mercado, cadê as privatizações, cadê a desregulamentação do Estado, cadê toda a liturgia das bandeiras liberais, que o Bolsonaro prometeu e não colocou em prática?“, acrescentou.