Em virtude das ofensivas de Pablo Marçal, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), pretendem limitar as suas respectivas participações nos debates na corrida pela prefeitura de São Paulo.

A avaliação das campanhas é que faltou organização nos encontros promovidos pelo jornal O Estado de S. Paulo e revista Veja. Por isso, na visão desses comitês, Marçal teria desrespeitado as regras que foram assinadas por todas as campanhas.

Outra questão que preocupa é com os cortes do influenciador digital. Tudo o que tem sido dito nos confrontos diretos vem sendo utilizado para impulsionar a candidatura do ex-coach. Nas palavras de um dos integrantes dos comitês de campanha, “não faz sentido líder de pesquisa servir de escada para Marçal”.

Assim, neste momento, os três confirmam participação apenas dos debates do SBT – marcado para 20 de setembro, da TV Record, em 28 de setembro e da TV Globo, em 3 de outubro.

A participação de outros debates televisivos como TV Gazeta/My News, Jovem Pan, TV Cultura, Rede TV e Folha de S. Paulo/Uol serão avaliadas pelas campanhas caso a caso, conforme apurou O Antagonista.

Marçal cresce nas pesquisas

Marçal cresceu sete pontos percentuais na pesquisa Datafolha e aparece com 21% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Boulos (23%) e o prefeito (19%) na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo.

O levantamento divulgado nesta quinta-feira, 22, confirma movimento apontado na quarta-feira, 21, por pesquisa do instituto AtlasIntel, que indicou alta de cinco pontos percentuais nas intenções de voto para Marçal após os primeiros debates na capital paulista.

Na pesquisa Datafolha, Boulos oscilou um ponto para cima em duas semanas, de 22% para 23%, enquanto Nunes caiu quatro pontos, de 23% para 19%, assim como Datena, que foi de 14% para 10%.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foi de 7% para 8% e é seguida pela empresária Marina Helena (Novo), que permaneceu com 4%. Brancos e nulos somam 8%, três pontos a menos do que na última pesquisa, e não souberam responder 4%, um ponto a mais do que o levantamento anterior.

A pesquisa foi feita em 20 e 21 e agosto e tem margem de erro de três pontos percentuais. Foram ouvidos 1.204 eleitores na capital paulista.