Datafolha indica que cadeirada não influiu na corrida em SP
Instituto mostra cenário estável, com Ricardo Nunes e Guilherme Boulos em empate técnico na liderança; autor da cadeirada, Datena segue com os mesmos 6%; Marçal, o agredido, tem 19%
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 19, indica estabilidade na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes (MDB, foto) segue à frente, com os mesmos 27% dos votos registrados na pesquisa da semana passada. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) tem 26%, um ponto percentual a mais do que tinha, e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) aparece com os mesmos 19%.
O apresentador José Luiz Datena (PSDB), que se destacou ao longo da semana por ter agredido Marçal com uma cadeira durante o debate promovido pela TV Cultura, também aparece com os mesmos 6% de intenção de voto. Ele está em empate técnico com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que tem os mesmos 8% que já marcava.
Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 18, indicou que Datena oscilou dois pontos positivamente em relação a pesquisa de 11 de setembro, enquanto Marçal oscilou três pontos negativamente.
Influência sutil?
O Datafolha entrevistou 1.204 paulistanos de terça-feira, 17, a quinta, 19, sob encomenda da Folha de S.Paulo e da TV Globo. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Se houve alguma influência da cadeirada na corrida eleitoral, ela foi muito sutil. A rejeição a Marçal oscilou três pontos positivamente ao longo da semana e chegou a 47%. Também subiu a rejeição a Datena, de 32% para 35%.
De acordo com o Datafolha, Marçal é o mais rejeitado entre os candidatos. Na sequência, aparece Boulos, com 38%, um ponto percentual a mais do que em 11 de setembro. A rejeição a Nunes, que vinha caindo, também oscilou para cima, de 19% para 21%.
Segundo turno
Também é possível dizer que a cadeirada, o evento mais chamativo da campanha desde a última pesquisa, teve alguma influência nas perspectivas de disputa de segundo turno. Nunes ampliou a vantagem que tinha no cenário contra Marçal, de 59% a 27% para 60% a 25%.
O mesmo ocorreu a favor de Boulos em um possível segundo turno com o influenciador: a diferença foi de 47% a 38% para 50% a 36%. A distância entre Nunes e Boulos se manteve a mesma, mas com ambos oscilando para baixo. O prefeito tinha 52% e foi para 51%, enquanto o deputado foi de 38% para 37%.
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