Crusoé: um empresário à sombra do poder
O empresário Francisco Maximiano é o personagem de capa da nova edição da Crusoé. Dono da Precisa Medicamentos, que quase obteve um polpudo contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas, Max "é um velho conhecido do submundo brasiliense". "Ainda na era petista, esteve metido em desvios em fundos de pensão."...
O empresário Francisco Maximiano é o personagem de capa da nova edição da Crusoé. Dono da Precisa Medicamentos, que quase obteve um polpudo contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas, Max “é um velho conhecido do submundo brasiliense”. “Ainda na era petista, esteve metido em desvios em fundos de pensão.”
“Um traço comum de seus negócios é que eles, quase sempre, são produto do impressionante talento para se aproximar de políticos influentes. O empresário é do tipo que não liga para ideologias ou coloração partidária. O que importa é o resultado. Tanto é assim que, nas rumorosas histórias em que apareceu nos últimos tempos, há de tudo um pouco – de petistas a bolsonaristas, passando por gente do Centrão. Mais recentemente, Max contou até com a ajuda do senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente, para tentar obter um financiamento no BNDES. Flávio chegou ao ponto de acompanhar o empresário em uma reunião com o presidente do banco, Gustavo Montezano.”
Segundo a revista, documentos em poder da CPI revelam a complexidade dos negócios de Max.
“Em torno dele, há uma intrincada teia de transações financeiras que, nos últimos anos, alcançaram cifras astronômicas — para se ter uma ideia, três das onze empresas registradas em seu nome movimentaram, nos últimos anos, nada menos que 68 milhões de reais apenas em operações consideradas atípicas pelo Coaf. Tudo junto e misturado, o gigantismo dos negócios de Max à sombra do poder e sua vistosa carteira de relacionamentos políticos ilustram bem a importância do personagem para as investigações. E explicam, de certa forma, por que até agora ele conseguiu escapar da CPI sem maiores danos.”
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