Crusoé: “Também fui vítima de violência sexual de Silvio Almeida”
"Eu acredito que não foram somente 14", diz a professora Isabel Rodrigues ao fazer a primeira denúncia aberta contra o ministro de Direitos Humanos do governo Lula
A professora Isabel Rodrigues (foto) publicou um vídeo para dizer que foi vítima de violência sexual do ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida. Essa é a primeira denúncia feita abertamente a Almeida, que já tinha sido acusado pela ONG Me Too Brasil de assediar mulheres.
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“Também fui vítima de violência sexual do ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida. Estou aqui para somar à voz dessas mulheres, porque eu acredito que não foram somente 14. Eu acredito que foram muitas”, diz no vídeo Isabel, que é candidata a vereadora em Santo André pelo PSB.
Em postagem no Instagram, ela diz o seguinte:
“Fui amiga de Silvio de Almeida na ocasião em que ele fazia parte do Conselho Pedagógico da Escola de Governo. Fiz parte dessa Escola como aluna e professora. Dia 03 de agosto de 2019, foi o dia que, em um almoço, onde tinham mais pessoas, sofri violência sexual por parte do ministro. Sentei do lado dele e não sei por qual motivo ele se achou no direito de invadir as minhas partes íntimas sem o meu consentimento.”
Terapia
Segundo ela, “a violência sexual sofrida há cinco anos foi tema em sessões de terapia”. “Foi tema de conversas com minhas irmãs e amigos mais próximas. Pensei muitas vezes em denunciar. Não o fiz por vários motivos, e o motivo maior, foi o medo disso voltar contra mim. Silvio tem o conhecimento da lei e poderia facilmente fazer as coisas mudarem de rumo”, segue a professora.
O relato termina assim:
O ministro diz não ter materialidade as acusações contra ele. As sessões de terapia. O retorno de minha família, de meus amigos ontem e hoje, ao saber das acusações contra ele materializam a violência que sofri. Ela é objetiva. Aconteceu. Demorou muito para eu tomar essa decisão. Sei porque estou tomando-a. Faço por mim, faço por todas as pessoas, sejam crianças, jovens, adultos, homens ou mulheres que…”
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