Crusoé: patrocinadores interessados
"Brasília, fim de tarde de terça-feira, 7. As vias laterais e o canteiro central da Esplanada dos Ministérios estão tomados por mais de três centenas de caminhões. A passos ligeiros, dois homens vestindo verde e amarelo e carregando um megafone circulam entre as fileiras de veículos, estacionados lado a lado, convocando os motoristas para uma reunião nas proximidades do Palácio do Itamaraty"...
“Brasília, fim de tarde de terça-feira, 7. As vias laterais e o canteiro central da Esplanada dos Ministérios estão tomados por mais de três centenas de caminhões. A passos ligeiros, dois homens vestindo verde e amarelo e carregando um megafone circulam entre as fileiras de veículos, estacionados lado a lado, convocando os motoristas para uma reunião nas proximidades do Palácio do Itamaraty. O chamado é também distribuído em grupos de WhatsApp. Em pouco tempo, dezenas de apoiadores de Jair Bolsonaro estavam aglomerados, em pé, bem no meio da pista bloqueada, a menos de vinte metros de uma barreira formada por homens da Tropa de Choque da Polícia Militar ali postada para impedir que os manifestantes avançassem em direção à Praça dos Três Poderes.”
Reportagem da Crusoé identificou 25 empresas que enviaram parte de suas frotas a Brasília. Os veículos estão registrados em nome de empresários bem-sucedidos em segmentos como os de alimentos, defensivos agrícolas e venda de máquinas pesadas. Procurados para explicar as razões pelas quais enviaram suas frotas para a capital e por que decidiram mantê-las por lá mesmo depois do protesto do Sete de Setembro, eles desfiam um rosário de teorias conspiratórias – bem em linha com o discurso de Jair Bolsonaro e com as fake news que circulam nas redes sociais e grupos de WhatsApp, com o intuito de manter mobilizadas as claques bolsonaristas.
“Em comum, os empresários têm o Supremo Tribunal Federal como alvo principal de suas críticas. Segundo eles, a corte estaria mancomunada com setores do Congresso para transformar o Brasil em uma, veja só, ‘colônia chinesa’.”
Se o TSE quiser informações, os ministros podem ler a reportagem.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)