Crusoé: O último suspiro dos sindicatos no Brasil
No dia 28 de julho, filas quilométricas eram vistas em torno do quarteirão onde fica o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (SinSaudeSP)...
No dia 28 de julho, filas quilométricas eram vistas em torno do quarteirão onde fica o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (SinSaudeSP), no centro da capital paulista. Quando os portões do sindicato foram fechados, sem que todas as pessoas fossem atendidas, houve confusão e a Polícia Militar chegou a ser acionada.
“Tinha poucas pessoas para passar informação”, disse à Crusoé uma enfermeira que não quis se identificar. “Começaram a entregar senhas e não tinha horário para terminar, mas aí fecharam a porta e quem estava do lado de fora chamou a polícia. Lá dentro, ficou todo mundo jogado pelo chão, dentro de um salão grande. Não tinha banheiro, não tinha água para beber, o lugar estava muito quente. Havia pessoas com problemas de locomoção, mas o elevador não podia ser utilizado. As pessoas precisavam ficar circulando pelas escadas. Fiquei cinco horas esperando para ser atendida.”
Em 28 de julho, faltavam três dias para o fim do período de entrega da “carta de oposição” — o documento por meio do qual os profissionais exerceriam o direito de não pagar a contribuição sindical definida pelo SinSaudeSP.
O prazo havia começado a contar dez dias antes, em 18 de julho. Quem quisesse protocolar a carta de oposição precisava comparecer pessoalmente ao SinSaudeSP, que interrompia o atendimento na hora do almoço.
Desde que…
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