Crusoé: O mensageiro da justiça
Como uma única operação contra a corrupção levou 6% dos prefeitos catarinenses para a cadeia
Aberta para não-assinantes, a reportagem “O mensageiro da justiça”, publicada na edição desta semana de Crusoé, mostra como uma única operação contra a corrupção levou 6% dos prefeitos de Santa Catarina para a cadeia.
Leia um trecho abaixo:
A Operação Mensageiro saiu às ruas de Santa Catarina para sua quinta fase nesta semana. Quando os membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Gaeco, do Ministério Público catarinense concluíram suas tarefas, já eram dezessete os prefeitos presos ao longo de dois anos de uma investigação sobre um largo esquema de fraude em licitações.
Os números são impressionantes. Um em cada 20 prefeitos catarinenses eleitos em 2020 foi preso. Como este é um ano eleitoral, a operação Mensageiro — a maior contra a corrupção da história do MP estadual — também chacoalhou o xadrez político em Santa Catarina.
As acusações são de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em negociações de coleta de lixo, abastecimento de água, iluminação e outros serviços essenciais da administração pública.
Em alguns locais, havia provas de envolvimento de vice-prefeitos, que também acabaram dragados pela operação Mensageiro. Foi o caso de São João do Itaperiú, onde o vice-prefeito, Jaime Antônio de Souza (PL), foi levado pelas autoridades com o prefeito, Clézio José Fortunato (MDB). A cidade de 4.463 habitantes passou para o controle do Legislativo, assim como aconteceu em fevereiro do ano passado em Tubarão, cidade de 105 mil habitantes e uma das maiores do estado.
Desde a primeira fase da operação, deflagrada em 2022, o foco dos investigadores está na atuação da empresa Serrana, que venceu licitações para a prestação de serviços públicos em diversas cidades em todas as regiões do estado. Rebatizada como Versa Engenharia, a companhia reconheceu em delação premiada que pagou propinas a prefeitos, vice-prefeitos, secretários e servidores para vencer licitações e ter pagamentos liberados.”
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