Crusoé: Negócios patriotas
Abertura de empresa para exploração de grafeno é mais um empreendimento do clã Bolsonaro que mescla política e lucro
Ao longo de toda a sua trajetória, a família Bolsonaro sempre colocou um pé na política e outro nos negócios. É o espírito empreendedor do clã. E as tentativas não foram poucas: lojas de chocolates, empresas de eventos, licenciamento de produtos, palestras e venda de bugigangas.
O mais novo negócio do clã foi revelado nesta semana por O Antagonista. Trata-se de uma companhia para venda e exploração de grafeno – material alardeado aos quatro ventos por Jair Bolsonaro que, com o nióbio, poderia revolucionar a indústria bélica e a geração de energia no mundo.
A Bravo Grafeno tem capital social de 100 mil reais e foi registrada na Junta Comercial do Distrito Federal em 11 de junho deste ano. Além de Jair e Flávio, aparecem como sócios na empreitada o assessor parlamentar de Flávio no Senado, Fernando Nascimento Pessoa, o ex-candidato à deputado distrital pelo Podemos, Pedro Leite, e o empresário gaúcho e entusiasta armamentista Maichel Chiste.
Acionistas
Pela constituição acionária, Flávio é o sócio majoritário com 30% das ações. Jair e Maichel detém 20% das ações cada. Fernando e Pedro Leite são donos de 15% das ações cada. Apesar de Pedro ser o sócio minoritário do empreendimento, é ele quem vai administrar o negócio, segundo o contrato social.
Mas chama a atenção o aspecto, até o momento, improvisado da nova companhia. Ela está sediada em uma sala de coworking na cidade administrativa de Águas Claras, ao lado do Taguatinga Shopping. Nem Jair, nem Flávio, pisaram no local até hoje, conforme apurou Crusoé. Ou seja: eles registraram o nome, colocaram um endereço para constar e pronto. Agora é esperar que o negócio deslanche por algum acontecimento do destino.
Flávio Bolsonaro afirmou que a decisão de criar a empresa…
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