Crusoé: Na cabeça de Lula, Brasil é polo de resistência contra “extrema-direita”
Em café com jornalistas, petista disse que sabe ser "persona non grata" entre grupo e disse trabalhar em reunião de chefes de Estado "democráticos"
Lula recebeu jornalistas para um café da manhã nesta terça-feira,23. Entre questões sobre suas conversas com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e a crise de confiança com a Petrobras (no qual desviou de ambas), o petista tirou um momento para falar sobre o que considera ser a “extrema-direita” e sobre como, em sua visão dos fatos, o país voltou a ter democracia sob seu governo.
“Quando nós voltamos, parece que houve uma alegria internacional com a volta da democracia no Brasil”, disse Lula durante o encontro. “Se você ver a América do Sul você percebe que houve um retrocesso, justamente pelo crescimento da extrema-direita, da xenofobia, do racismo e da perseguição às minorias.“
No Brasil, claro, Lula diz que aqui vai tudo muito bem, obrigado. “No cenário mundial, se você olhar o mapa, o Brasil é que é o polo de resistência disso tudo”, continuou. Ele ainda disse que não se importou com o que chamou de “os atos dos fascistas” do último domingo, 21, preferindo fotografar ninhos de joão-de-barro no Palácio do Alvorada no momento.
A tática de culpar os outros — e sempre os outros — agora tem um nome, que para Lula engloba todos os movimentos contrários à ideologia de esquerda na última década na América Latina. Durante toda a reunião, no entanto, ele não citou nominalmente o argentino Javier Milei, nem Jair Bolsonaro.
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