Crusoé: Ministério de Almeida põe em dúvida intenções da Me Too
A pasta acusou a ONG responsável por divulgar as denúncias de tentar interferir na nova licitação do Disque 100
O Ministério dos Direitos Humanos, do ministro acusado de cometer assédio sexual Silvio Almeida, colocou em dúvida as intenções da ONG Me Too Brasil, organização responsável por divulgar as denúncias.
Em nota, a pasta afirmou que a organização possui “histórico relacional controverso” perante o ministério, acusando a ONG de tentar interferir na nova licitação do Disque 100.
“A Me Too esteve em negociação, em 2023, com as então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC. O posicionamento da organização era contrário à separação dos serviços ‘Ligue 180’ e ‘Disque 100’, decorrente da separação da pasta em relação ao Ministério das Mulheres. Cabe atenção ao fato de que, além de ser uma decisão política já tomada pelos ministérios envolvidos, sequer poderia estar sendo discutida com possível participante do processo licitatório, uma vez que configuraria conflito de interesses.”
Segundo o ministério, a Me Too Brasil tentou “dar contornos ao caráter licitatório do Disque 100, na intenção de atender seus interesses nas negociações”.
Em 23 de dezembro de 2023, disse a pasta chefiada por Silvio Almeida, foi realizada uma agenda com a presença da advogada representante da Me Too, Marina Ganzarolli, junto às então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, Kelly Caroline dos Santos Garcéz e Iany Macedo Brum.
Em 10 de janeiro de 2024, Ganzarolli enviou e-mail às gestoras do Disque 100, “apresentando, inapropriadamente, pedidos de adequação ao catálogo de serviços”.
“Neste ínterim, o MDHC alterou totalmente o formato da licitação, em razão da indicação de possível superfaturamento no catálogo de serviços, identificada pela Assessoria Especial de Controle Interno da pasta, cujo papel é assegurar a conformidade das atividades do órgão com as normas legais e regulamentares.”
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