O chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Herzi Halevi (foto), indicou, nesta quarta-feira, 25 de setembro, a possibilidade de uma invasão terrestre ao Líbano.

O país árabe é alvo de bombardeios israelenses há dias.

A escalada começou ainda na semana passada, quando o que se presume como uma operação de inteligência de Israel explodiu centenas de dispositivos do grupo terrorista Hezbollah, deixando cerca de 20 mortos e 3 mil feridos.

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“Vocês podem ouvir os aviões aqui; estamos atacando o dia todo, tanto para preparar o terrenopara a possibilidade de sua entrada, quanto para continuar atingindo o Hezbollah”, disse Halevi em visita a brigadas estacionadas na fronteira libano-israelense nesta quarta.

“Não estamos parando. Continuaremos atacando e prejudicando-os em todos os lugares. Para fazer isso, estamos nos preparando para o curso da manobra, e a sensação é que suas botas militares entrarão em território inimigo“, acrescentou.

Esta poderá ser a terceira vez que Israel invade o Líbano.

Em 1985, os israelenses entraram na guerra civil libanesa em apoio aos Falanges libanesas, facção católico maronita da política do Líbano. A ocupação israelense do sul libanês levou à fundação do Hezbollah e perdurou até 2000.

Israel voltou a invadir o Líbano em 2006, em meio à escalada do conflito com o grupo terrorista. A guerra durou apenas um mês e acabou em cessar-fogo.

Escondido no subsolo

Na guerra contra o grupo terrorista Hezbollah, no Líbano, o principal alvo de Israel é o seu secretário-geral e líder religioso Hassan Nasrallah.

E apenas uma coisa impede Israel de alcançar seu objetivo.

“Com certeza há um obstáculo: um bunker no subsolo. E Nasrallah raramente sai dele”, diz o especialista em terrorismo israelense Ely Karmon. “Mas Israel pode tentar encontrar o momento e as condições certas para fazer o que pretende. Essa é uma decisão difícil, porque Nasrallah é o mais importante ativo do Irã na região.”

Israel, segundo algumas fontes, sabe a localização do bunker, ao sul de Beirute, espera o momento certo para fazer um ataque.

Desde que assumiu o comando da organização, em 1992, Nasrallah tem aparecido muito pouco em eventos públicos e quase nunca sai do país.

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