Crusoé: “Lula é um sujeito de duas caras”, diz seu ex-patrão Paulo Villares
Paulo Villares, que publicou sua biografia, afirma que seu ex-funcionário "não tem nenhum compromisso com a palavra"
O empresário Paulo D. Villares lançou em agosto a biografia Perseguindo utopias — Pense grande! Pense num Brasil competitivo.
Villares foi o segundo patrão de Lula, na década de 1970, quando o trabalhador dava os seus primeiros passos no sindicalismo na região do aBC.
O livro conta uma interessante reunião entre Lula e os diretores da Villares.
Crusoé conversou com Paulo para saber como o antigo patrão vê o atual presidente.
Qual lembrança o sr. tem do Lula na fábrica da Equipamentos Villares?
O Lula organizou a primeira greve depois de 1964. Foi conosco, lá na Equipamentos Vilares, em São Bernardo do Campo.
Ele organizou a greve e eu o chamei para uma reunião. Ele subiu para a sala no segundo andar e sentou-se na mesa.
Nós perguntamos: “Bom, Lula, então, quais são as coisas que vocês querem?”
Ele mostrou uma lista de 19 itens. Mas todos os dezenove já tinham sido atendidos. E nós constatamos isso rapidamente, em no máximo cinco minutos.
Ficou claro que não fazia sentido fazer a greve, pois nós já tínhamos atendido os trabalhadores naqueles itens que estavam na lista.
Por que isso aconteceu?
Imagino que houve um problema grave de comunicação lá dentro do sindicato.
Provavelmente não contaram para o Lula sobre a situação real dos nossos trabalhadores.
Quando terminamos de olhar a lista de 19 itens, ele olhou para mim e disse: “Olha, Paulo, eu vou pedir uma coisa”.
Ele me tratou assim, de cara. E disse: “Eu não posso sair agora aqui da sala”.
Já estava tudo resolvido, mas ele falou: “Então, eu queria ficar aqui. Posso conversar?”.
Eu respondi que sim: “Pois não, Lula”.
Lula disse: “Olha, eu queria que você me explicasse porque é importante para o Brasil exportar”.
Então, com calma, eu fui explicando para ele algumas noções de economia, que ele não tinha.
Só falaram de economia?
Em um dado momento, eu perguntei: “Lula, o que que você pretende da vida?”.
Ele respondeu: “Ah, eu pretendo ser o melhor líder sindical do Brasil. Eu quero ser o Lech Walesa do Brasil.”
Achei interessante ele citar o Walesa, um sindicalista polonês muito conhecido na época.
Passado algum tempo, o Lula disse que já podia ir.
Ele saiu da sala e foi até o fim do corredor, onde tinha um alpendre. Ele pegou o microfone e começou a me xingar: “Porque esse cara, f…. Olha, vocês não sabem como foi duro para mim conseguir essas reivindicações, mas eu consegui arrancar esses 19 itens”.
Eu fiquei muito chocado, porque ele não precisava usar aqueles termos contra mim.
Mas, enfim, esse é o Lula. Ali eu decidi que nunca mais falaria com ele na minha vida.
O que esse episódio ensina sobre o Lula?
É um sujeito de duas caras cara, um populista.
Ele é uma pessoa inteligente, mas ele não tem nenhum compromisso com a palavra.
Ele faz os discursos de forma a agradar
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Comentários (2)
GERALDO CARVALHO
15.10.2025 18:49Todos que conviveram com ele sabem da sua canalhice e mal caratismo.
Marcia Elizabeth Brunetti
15.10.2025 18:42Pois é , Lula é inteligente: :Descondenado e presidente pela 3ª vez. Ignorantes são os eleitores desse ex-sindicalista.