Crusoé: Em MG, servidores da sede administrativa vão todos para home office
Cidade Administrativa, que é a sede do governo de Minas Gerais, está fechada após falhas estruturais afetarem todos os 54 elevadores dos prédios do local
O governo de Minas Gerais foi obrigado a mandar servidores de quase todas as suas secretarias para o regime de teletrabalho, de maneira emergencial, nesta semana. O motivo é uma falha estrutural nos prédios da Cidade Administrativa (foto), complexo de prédios na zona norte de Belo Horizonte que reúne as secretarias do Executivo estadual.
Desde a sexta-feira, 10, os servidores foram autorizados a ir para o home office após as falhas levarem ao fechamento dos 54 elevadores que atendem os edifícios, denominados Minas e Gerais. Projetados por Oscar Niemeyer e inaugurados em 2010, os dois edifícios de 14 andares agora estão inoperantes, e servidores que precisam trabalhar ali têm de assinar um termo de responsabilidade para acessar o local.
O governador Romeu Zema (Novo), que despacha em um prédio vizinho, acusa as construtoras do projeto de “desvios no projeto original” e de “vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores”, que apenas agora estariam sendo descobertos em sua totalidade.
“No final do ano passado, por meio do nosso serviço de manutenção das máquinas dos elevadores, identificamos a existência de uma poeira em um lugar onde ela não deveria existir. Desde então, nós contratamos emergencialmente uma perícia e, ao ser detectado o risco, suspendemos o uso dos elevadores que apresentavam esses problemas”, explicou o vice-governador, Mateus Simões, em coletiva de imprensa.
“Fizemos uma licitação para reparo, e a empresa que ganhou se recusou a efetivamente iniciar as obras. Isso acendeu um sinal de alerta adicional e, por isso, realizamos novas perícias, dessa vez envolvendo o nosso corpo técnico, e o resultado nos deixou preocupados”, continuou. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A obra foi tocada durante o governo de Aécio Neves à frente do estado. Em nota, o hoje deputado federal disse que estudos preliminares, quando ele ainda era governador, não apontaram nenhum problema.
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