Crusoé: Como São Sebastião se prepara para evitar nova tragédia
Após a tragédia de 2023, a prefeitura da cidade e o governo de São Paulo fizeram a remoção das pessoas que construíram suas casas em encostas de risco
A cidade de São Sebastião (foto), no litoral norte de São Paulo, sofreu com uma quantidade descomunal de água da chuva no Carnaval de 2023. Em alguns lugares o volume chegou a 680 mm, o equivalente a 680 litros de água por metro quadrado, em 24 horas (no Rio Grande do Sul, para comparação, os valores diários estão em torno de 100 mm).
Em pleno feriado, São Sebastião registrou alagamentos nos pontos mais baixos e, com a água penetrando nos morros, algumas encostas vieram abaixo, soterrando casas e matando 65 pessoas.
Após a tragédia, a prefeitura da cidade e o governo do estado tomaram importantes medidas de prevenção.
A mais importante delas é a remoção das pessoas que construíram suas casas em encostas de risco. Ao derrubar a vegetação local, esses moradores retiraram a proteção dos morros, fazendo com que a terra seja mais facilmente levada pela água.
Conjuntos habitacionais com mais de 700 unidades foram construídos em áreas planas para as famílias que perderam suas moradias, e outros devem ficar prontos para abrigar aqueles que ainda vivem em áreas irregulares, nas encostas.
Um mapeamento de 5 mil moradias irregulares foi feito, indicando quais são aquelas mais sujeitas a futuros deslizamentos.
“Nós agora estamos na fase final da licitação para a construção desses novos conjuntos com 1.160 unidades para acomodar as famílias que ainda serão removidas de suas casas. Quando essas residências forem removidas, será feito um programa de recuperação ambiental. As pessoas vão para uma área plana e segura e o meio ambiente é recuperado“, diz o prefeito da cidade, Felipe Augusto.
Segundo o prefeito, há muita resistência entre essas famílias, que não querem se mudar para conjuntos habitacionais, onde serão obrigados a pagar contas de água, luz, IPTU e a parcela do valor do novo imóvel.
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