Crusoé: Qual será o próximo ponto de virada da politica brasileira?
Em artigo na Crusoé, aberto para não assinantes da revista, Carlos Graieb comenta a indecente aprovação do projeto de lei que reduz drasticamente, de 36 meses para 30 dias, o prazo para que envolvidos em campanhas políticas possam assumir a chefia de estatais...
Em artigo na Crusoé, aberto para não assinantes da revista, Carlos Graieb comenta a indecente aprovação do projeto de lei que reduz drasticamente, de 36 meses para 30 dias, o prazo para que envolvidos em campanhas políticas possam assumir a chefia de estatais, apelidada de “emenda Mercadante”.
“Lula quer [Aloizio] Mercadante (foto) na presidência do BNDES. Como ele trabalhou na campanha eleitoral, coordenando a redação do programa de governo do PT, estaria sujeito à espera de 36 meses definida na legislação vigente. Se o prazo cair para 30 dias, o petista estará livre para assumir a chefia do banco de desenvolvimento.
Vemos somar. A lei foi votada às pressas. Tarde da noite. Com justificativas esfarrapadas. Para beneficiar um político. O resultado já é ruim o bastante. Mas o pior de tudo talvez seja a prepotência que um episódio como esse revela (pela enésima vez).
Haveria muitos outros nomes capacitados para presidir o BNDES. Na verdade, muitos outros nomes infinitamente mais capacitados do que Aloizio Mercadante. Mesmo assim, quem está assumindo o poder em Brasília resolveu impor sua vontade. Em vez de simplesmente cumprir a lei, a opção foi desfigurá-la. Para garantir uma única nomeação. (…)
Passam-se anos sem que nada aconteça, exceto o acúmulo da indignação. Mas a política – e isso os políticos teimam em ignorar – tem os seus pontos de virada.”
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