Crusoé: Belo Horizonte, a capital onde o PT não tem vez
Já se tornou um hábito: eleição na capital mineira deve ter segundo turno sem representante do Partido dos Trabalhadores, ou mesmo da esquerda
Belo Horizonte pode assistir – outra vez – a um segundo turno municipal sem a presença do Partido dos Trabalhadores. Aliás, pelo andar da carruagem, a capital mineira poderá ter uma eleição disputada praticamente por postulantes de direita, já que os dois candidatos à esquerda com mais chances, segundo as pesquisas de opinião, os deputados federais Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT), não decolaram nos levantamentos.
Se as eleições fossem hoje, de acordo com a média das últimas pesquisas eleitorais, a disputa se daria entre os favoritos Mauro Tramonte (Republicanos), Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD). Desses, apenas Noman, o atual prefeito, pode ser considerado um político ao menos de centro, já que Tramonte possui como base eleitoral os conservadores evangélicos e Engler, o mais arraigado bolsonarismo.
O Fator, site mineiro de política e parceiro de O Antagonista, lembra que o candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Rogério Correia, tenta romper uma escrita que já dura 20 anos: “Desde 2004, quando Fernando Pimentel foi reeleito, um petista não consegue chegar ao segundo turno na disputa da capital do estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do País”.
Após Pimentel, o PT apostou em diferentes nomes na corrida pela Prefeitura de BH. Exceção feita a 2008, quando apoiou Marcio Lacerda (PSB), o partido lançou candidaturas próprias em todas as eleições desde 2004. Em 2012, o escolhido foi o deputado federal Patrus Ananias, que já havia sido prefeito e não conseguiu impedir a reeleição de Lacerda. Em 2016, o também deputado Reginaldo Lopes, hoje relator de parte da Reforma Tributária em curso no Congresso, ficou na quarta posição, com pouco mais de 7% dos votos. Quatro anos depois, Nilmário Miranda amargou a sexta colocação, com menos de 2% da preferência popular.
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