Crusoé: associação perigosa
No movimentado mercado dos institutos que promovem convescotes com a cúpula do Judiciário, surge mais um exemplo da mistura indevida: uma entidade dirigida por um condenado por estelionato já reuniu até ministros da Supremo Corte, diz a Crusoé. O Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados, o Ieja, é apresentado como um think tank...
No movimentado mercado dos institutos que promovem convescotes com a cúpula do Judiciário, surge mais um exemplo da mistura indevida: uma entidade dirigida por um condenado por estelionato já reuniu até ministros da Supremo Corte, diz a Crusoé.
O Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados, o Ieja, é apresentado como um think tank para o debate e o ensino de práticas jurídicas.
“Criada por Fabiane Oliveira, uma influente funcionária do Supremo, e por seu companheiro, o empresário Renato Luís de Mello, a entidade já fez eventos com a presença de vários ministros do STF, do STJ.”
“Um naco dos bastidores do instituto acabou descoberto casualmente pelo Ministério Público Federal em uma investigação sobre um esquema de corrupção e tráfico de influência na área da saúde. Em uma quebra de sigilo, Renato Mello, o sócio-administrador do Ieja, aparece em conversas com Marconny Faria, um lobista que ganhou fama durante a CPI da Covid. Marconny se aproximou de Mello em busca de ajuda em processos judiciais e na tramitação de indicações para tribunais.
Como a relação é sempre de mão dupla, o dirigente do instituto também surge pedindo apoio para construir boas relações com o governo – como mostrou a CPI, Marconny é próximo de filhos de Jair Bolsonaro, de uma advogada do presidente e de parlamentares com trânsito no Planalto. As trocas de mensagem chamam a atenção para outro aspecto nebuloso. O mesmo Renato Mello, sócio do instituto que têm conseguido reunir em seus eventos a nata do Poder Judiciário, foi condenado a sete anos de reclusão por estelionato e falsidade ideológica.”
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