Crusoé: “Abutres de Moro” ficam em silêncio
Em 2023, Crusoé perfilou nomes da política paranaense que davam como certa a destituição do senador e indicavam querer sua vaga. Com absolvição, silêncio é a tônica
Quando as primeiras movimentações sobre um processo eleitoral pedindo a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR; foto) começaram a aparecer na imprensa paranaense, a possibilidade de que o ex-juiz da Lava Jato perdesse o mandato ouriçou parte da classe política do estado — com muitos deles abertamente interessados no próprio mandato do parlamentar. Um veículo paranaense, com linha editorial mais favorável ao PT, chegou a indicar que a eleição suplementar já teria data marcada, no dia 1º de Dezembro.
Nesta quarta-feira, 21, um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir de maneira para manter o mandato do senador, todos eles permaneceram em silêncio.
Roberto Requião (Mobiliza), que deixou o PT quando viu que sua candidatura não seria garantida no partido de Lula, se manteve em silêncio em suas redes sociais — onde normalmente é atuante. Nesta terça-feira, data do julgamento, Requião falou sobre Eletrobras e Rio Grande do Sul, mas manteve-se silente após o resultado ser confirmado pela corte eleitoral.
O deputado estadual pelo Paraná Requião Filho (PT), que também cogitou a vaga, falou à época do início do julgamento que “eu só abro mão [de uma candidatura ao Senado] para o Requião, dentro do PT ou fora dele”. Hoje, ele não tocou no assunto, preferindo um tutorial sobre como dar nó de gravata.
Ex-líder de Jair Bolsonaro na Câmara e ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff, Ricardo Barros (PP) disse no ano passado que “havendo eleições suplementares, irei concorrer”, mas que “temos ideia do prazo, e se o tribunal irá manter a jurisprudência”. Hoje secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Barros até passou o dia em Brasília, acompanhando a frente de prefeitos e audiências na Câmara, onde foi tietado. Publicamente, no entanto, nenhuma manifestação sobre o julgamento.
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