Crusoé: “A República de Alagoas”
Atualmente, Brasília parece submetida a uma disputa política entre dois arqui-inimigos alagoanos: o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), e o senador Renan Calheiros (MDB)...
Atualmente, Brasília parece submetida a uma disputa política entre dois arqui-inimigos alagoanos: o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), e o senador Renan Calheiros (MDB). Juntos, os dois não somam 900 mil votos. Mesmo assim, a depender dos lances desse duelo, pode-se prever o êxito das pautas no Congresso, a formação do gabinete de ministros ou a permanência no cargo do procurador-geral da República, diz Crusoé.
“A briga dos dois arqui-inimigos alagoanos ganhou força após a eleição de Lula, no final do ano passado. Enquanto Lira, do PP, fez campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro, Renan se aproximou do petista. Calheiros comanda a chamada velha guarda do Senado e boa parte do MDB, partido que hoje é presidido por Baleia Rossi. Ele também faz parte de uma espécie de conselho político lulista, no qual têm assento os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Jaques Wagner (PT-BA). Ainda durante a transição, Renan Calheiros aconselhou Lula a se afastar de Lira, que se preparava para disputar a reeleição na presidência da Câmara. Calheiros prometeu que ficaria responsável por trazer o MDB e outros partidos do Centrão para a base petista.”
“Foi justamente com base nessa premissa que Lula montou a sua primeira estrutura ministerial. Criando, logo de cara, as primeiras rusgas com Lira. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, aliado de Lira, foi preterido na composição da Esplanada: ele queria Integração Nacional ou Minas e Energia. A primeira pasta foi parar no colo de Waldez Góes, por recomendação de Davi Alcolumbre, aliado de Renan. A segunda ficou com Alexandre Silveira, também aliado do senador alagoano. De quebra, Renan emplacou o filho no Ministério dos Transportes e viu o aliado Jader Barbalho ter uma pasta para chamar de sua, a de Cidades – comandada por Jader Filho.”
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