“Crime não é mais crime?”
Gilmar Mendes e seus parceiros podem acabar elegendo Sergio Moro (foto). Diz Denis Rosenfield: “As pesquisas de opinião têm retratado que a luta contra a corrupção teria deixado de ser uma prioridade nacional. Pudera, com tantos meliantes governando o país em tempos recentes, estava se produzindo um certo fastio, porque ninguém estava conseguindo hastear esta bandeira ...
Gilmar Mendes e seus parceiros podem acabar elegendo Sergio Moro (foto).
Diz Denis Rosenfield:
“As pesquisas de opinião têm retratado que a luta contra a corrupção teria deixado de ser uma prioridade nacional. Pudera, com tantos meliantes governando o país em tempos recentes, estava se produzindo um certo fastio, porque ninguém estava conseguindo hastear esta bandeira (…).
Quem pensou que esta pauta tinha passado, passou ao largo da política. O rápido crescimento da candidatura de Sergio Moro bem mostra isso.
Contribuição decisiva para que a indignação moral cresça neste país, ganhando inclusive um contorno político, tem sido dada pelo STF e pelo STJ, que, por várias ‘razões’, têm anulado as condenações da Lava Jato e ‘libertado’ condenados (…). Consagra-se a impunidade dos criminosos por ministros que se apresentam como ‘garantistas’. Aliás, garantistas de quê? De que crime não é mais crime?”.
Denis Rosenfield conclui:
“A despeito de tantas decisões das mais altas Cortes voltadas contra a Lava Jato, a pauta da luta contra a corrupção ganhou força política. Quanto mais batem nesta operação judicial, mais ela cresce na opinião pública. Tentam vários ministros reescrever a história, como se fossem novos escribas, quando, na verdade, estão trazendo uma outra história à tona, a de que o crime deve ser punido, a de que a ética na política continua vigorando, a de que a Justiça deve valer para todos, e não apenas para os pobres e desfavorecidos”.
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