CPI da Covid, o retorno
Senadores que comandaram a CPI da covid, três anos atrás, querem que Paulo Gonet desengavete as investigações
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), anunciou que os senadores que participaram da CPI da Covid em 2021 devem se encontrar com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, na semana que vem.
O objetivo é um só: tentar ressuscitar a investigação. Os parlamentares que participaram da base oposicionista a Jair Bolsonaro na CPI da Covid irão recomeçar tudo de novo, apresentando o relatório final da comissão ao Ministério Público Federal e pedindo a Gonet —único autorizado a tal— que desengavete as investigações pelo MPF.
Na primeira vez, não funcionou. Ainda no auge da pandemia, em novembro de 2021, os senadores apresentaram à PGR as descobertas. O então PGR, Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro, não deu bola. Aras disse que a CPI da Covid não apresentou provas e engavetou o documento.
“Naquele momento, a CPI dizia entregar as provas que estariam vinculadas aos fatos de autoria daquelas pessoas indiciadas. Ocorre que não houve a entrega dessas provas. A PGR recebeu um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”, disse Aras à CNN, em fevereiro de 2022. “As petições direcionadas ao Supremo visam exclusivamente manter a cadeia de custódia da prova.“
A esperança dos parlamentares — expressa desse a escolha de Gonet ao cargo, em dezembro do ano passado — é que o novo chefe do Ministério Público Federal possa levar as investigações pra frente, com o indiciamento de nomes como o presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente é acusado de ser “o principal responsável” pelos erros da condução na pandemia
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