CPI da Covid: o que esperar do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello
Durante o depoimento do ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid, marcado para a partir das 9h, os senadores vão buscar informações sobre os dez meses da gestão do general e se Jair Bolsonaro interferiu, ou não, nas ações de enfrentamento à pandemia.
Durante o depoimento do ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid, marcado para a partir das 9h, os senadores vão buscar informações sobre os dez meses da gestão do general e se Jair Bolsonaro interferiu, ou não, nas ações de enfrentamento à pandemia.
A oitiva de ontem do ex-chanceler Ernesto Araújo revelou aos integrantes da CPI que as políticas públicas relacionadas ao novo coronavírus foram centralizadas no Ministério da Saúde. A dúvida que ainda paira entre os parlamentares é se Pazuello teve independência nas ações do ministério ou se o presidente foi o responsável pelas principais decisões da pasta, como atraso na compra de vacinas ou o envio de cloroquina para os estados e municípios.
A oitiva do general é considerada a mais importante até o momento e deve ser a mais longa. A expectativa é que a sessão dure até 9 horas. Ao longo do depoimento, os senadores vão questionar também sobre o colapso no fornecimento de oxigênio em Manaus, prescrição de cloroquina, participação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) nas decisões da pasta e ações do chamado ‘ministério paralelo’ de aconselhamento, estrutura esta formada pela ala ideológica do governo.
Do outro lado, a base governista pretende aproveitar o depoimento de Pazuello para reforçar a narrativa que a União enviou recursos aos estados e que o governo federal não pode ser responsabilizado pelas falhas nas políticas de enfrentamento à pandemia. Para isso, o Planalto municiou os senadores governistas com gráficos e informações sobre o volume de recursos repassados aos estados e municípios desde o início do ano passado.
Leia as principais perguntas que deverão ser feitas a Eduardo Pazuello
– Houve interferência de Jair Bolsonaro contra a adoção das medidas de isolamento social?
– Houve pressão do presidente da República relacionada à aplicação da cloroquina?
– Houve pressão de Bolsonaro para que o Ministério da Saúde atrasasse a contratação das vacinas?
– Por qual motivo o governo federal ignorou as correspondências da Pfizer em setembro do ano passado?
– O presidente Jair Bolsonaro vetou a compra de vacinas em algum momento?
– De quem foi a responsabilidade pelo colapso do sistema de saúde no Amazonas?
– O Ministério da Saúde foi alertado previamente sobre a crise da saúde no Amazonas?
– De quem foi a responsabilidade pela compra e envio de cloroquina para estados e municípios?
– De quem foi a ideia de se implementar o aplicativo TrateCOV e quem é o responsável pela recomendação do chamado “tratamento precoce”?
– A estrutura paralela de aconselhamento do presidente interferiu nas ações do Ministério da Saúde?
– Carlos Bolsonaro teve alguma participação nas ações do Ministério da Saúde?
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