CPI da Covid: o que esperar do depoimento de Francisco Maximiano
A CPI da Covid ouve hoje, a partir das 9h30, Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, empresa que negociou com o Ministério da Saúde o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech...
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A CPI da Covid ouve hoje, a partir das 9h30, Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, empresa que negociou com o Ministério da Saúde o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.
O depoimento de hoje é considerado fundamental para o avanço das investigações sobre o caso.
Os senadores querem saber se houve mediação do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), nas tratativas com a pasta e se Maximiano repassou recursos a ele ou a outros políticos — considerando o novelo de relações que o empresário mantém em Brasília, como mostra a Crusoé na atual edição.
Como revelamos mais cedo, a CPI deve quebrar hoje o sigilo de 21 empresas ligadas a Barros.
A CPI se debruçou sobre o tema após as denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que revelou a O Antagonista ter avisado Jair Bolsonaro sobre pressões excessivas sobre o seu irmão, o servidor Luiz Ricardo Miranda, para a liberação do pagamento de US$ 45 milhões para a Precisa.
A sessão com Maximiano foi adiada por quatro vezes. A primeira tentativa de ouvi-lo foi em 23 de junho. Além disso, o empresário vai à CPI blindado por um habeas corpus para poder ficar em silêncio.
Leia as principais perguntas que devem ser feitas a Francisco Maximiano, segundo apurou O Antagonista:
– Como foram as tratativas com o Ministério da Saúde para fornecimento da vacina Covaxin?
– Francisco Maximiano tem alguma relação com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ou com outros parlamentares do PP?
– As vacinas Covaxin foram oferecidas a qual valor para o Ministério da Saúde?
– Houve algum tipo de facilitação por parte de ex-servidores como Roberto Dias ou Elcio Franco?
– Como a Precisa Medicamentos conseguiu contatos com o Ministério da Saúde para oferecer a Covaxin? E como foram obtidos outros contratos com a pasta?
– Havia garantia de entrega do produto?
– Por qual motivo Francisco Maximiano não prestou informações fiscais à Receita Federal compatíveis com seu patrimônio?
– Houve pressão indevida para a liberação de pagamento da ordem de US$ 45 milhões pelo primeiro lote da Covaxin?
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