Contra o mito do bom mendigo
Depois de passar um ano na pele de um morador de rua, o pastor batista Yago Martins diz, em entrevista a Duda Teixeira, na Crusoé, que o que mantém as pessoas na sarjeta não é a miséria...
Depois de passar um ano na pele de um morador de rua, o pastor batista Yago Martins diz, em entrevista a Duda Teixeira, na Crusoé, que o que mantém as pessoas na sarjeta não é a miséria.
“Acredita-se que as pessoas deixaram suas casas porque ficaram pobres, perderam todos os seus recursos. Mas geralmente não é isso o que acontece. Imagine que uma pessoa conhecida, de repente, fique sem nada. Quantas ligações ela precisaria fazer para não ir para a rua? No mundo que conhecemos, sempre há algum conhecido, um amigo, um familiar que pode dar um jeito. O problema é que as pessoas que vão para a sarjeta costumam ter um abismo de sociabilidade. Não têm para quem pedir socorro. Os laços familiares foram destruídos por algum motivo. São casamentos que deram errado, moças que brigaram com seus pais por causa de seus namorados. São pessoas muito sozinhas, sem estrutura social e familiar. Muitos têm dificuldade de se colocar dentro da vida em sociedade. Não têm um propósito, um senso de realização, de progresso. Acreditam que foram deixados para trás e que nunca conquistarão coisa alguma. Às vezes, são pessoas com renda, formação, trabalho, mas que acabam nas ruas por causa de abismos emocionais, psicológicos ou espirituais”, afirma Yago.
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