Conservadores são maioria em conselhos tutelares de SP
Levantamento realizado pelo Instituto de Cooperação Pública e Social (Icoops) mostrou que 55% dos novos membros dos Conselhos Tutelares da cidade de São Paulo são conservadores...
Levantamento realizado pelo Instituto de Cooperação Pública e Social (Icoops) mostrou que 55% dos novos membros dos Conselhos Tutelares da cidade de São Paulo são conservadores, registrou o Uol.
Segundo o instituto, há ligações de 143 dos 260 eleitos com a Igreja Universal e o partido Republicanos, entre outras organizações conservadoras.
Os novos membros do Conselho Tutelar tomam posse nesta quarta-feira, 10, no teatro da Universidade Paulista, em Indianópolis, na zona sul. O mandato tem duração de quatro anos.
Eleições para o Conselho Tutelar
As eleições para a escolha dos novos conselheiros tutelares do país ocorreu em 1º de outubro de 2023. Embora a votação não fosse obrigatória, o comparecimento aumentou em torno de 10%. Mais de 3 milhões de pessoas foram às urnas em todo o território nacional, aumento de 25,8% na participação de eleitores das capitais.
Apenas na capital paulista, foram contabilizados mais de 1 milhão de votos.
Durante as eleições, foram registrados problemas com urnas eletrônicas em 12 municípios paulistas.
O Tribunal Regional Eleitoral(TRE) de São Paulo informou que em sete desses municípios – Diadema, Caieiras, Andradina, Bertioga, Castilho, Murutinga do Sul e Pirapora do Bom Jesus –foi necessário cancelar a eleição.
Na capital paulista, foram registradas 450 denúncias, envolvendo compra de votos e boca de urna.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Esequias Marcelino, no entanto, disse ao Uol que a eleição foi “transparente” e que os problemas “estavam dentro do esperado”.
Corrente conservadora
Políticos e influenciadores conservadores se mobilizaram nas redes sociais para promover as candidaturas da mesma ideologia. Na reta final, houve uma entrada da esquerda na disputa.
Como mostrou O Antagonista, não é de agora que igrejas começaram a se mobilizar para emplacar seus próprios candidatos. A rigor, o movimento para ocupar esse espaço já existia. A diferença é que agora ele atinge a política nacional, envolvendo políticos conhecidos.
Após as eleições, o Ministério dos Direitos Humanos entrou em campo contestando a participação das igrejas, com uma suspeita de abuso do poder religioso.
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