Compra de votos pode continuar com ainda menos transparência, diz Gil Castello Branco
Gil Castello Branco, fundador da organização Contas Abertas, disse, em entrevista ao Papo Antagonista, que a decisão do STF que suspendeu a distribuição de recursos do orçamento secreto pode não acabar com a compra de votos de parlamentares por meio de emendas...
Gil Castello Branco, fundador da organização Contas Abertas, disse, em entrevista ao Papo Antagonista, que a decisão do STF que suspendeu a distribuição de recursos do orçamento secreto pode não acabar com a compra de votos de parlamentares por meio de emendas.
Segundo Castello Branco, o modelo pode se reinventar.
“O governo vai mandar um projeto de lei remanejando esses recursos do RP9. Isso provavelmente vai acontecer. Agora, nós não estaremos livres do Lira, com aquele grupo dele, pegar aquela relação e falar: ‘Acabou o RP9, mas vamos então ligar para a Segov e dizer onde nós queremos os postos de saúde, por exemplo’. Aí isso pode continuar acontecendo com menos transparência ainda. Eles ligam para o Marinho: ‘É trator para esses lugares? Vou anotar aqui’.”
O fundador da Contas Abertas disse que, para acabar com a prática, os repasses precisariam ser feitos com base em critérios técnicos.
“Nós precisamos ter critérios mais claros, que sejam baseados em informações técnicas. ‘Vamos colocar um posto de saúde ali, porque num raio de 200 metros não tem um posto de saúde’. Precisamos de critérios para evitar que essa feira continue acontecendo.”
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