Comparação com Holocausto é abominável, diz porta-voz do Exército israelense
Mais cedo, Lula voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler
Sem citar Lula diretamente, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, Rafael Rosenshein (foto), divulgou a seguinte nota:
“A tentativa de comparar o assassinato sistemático nazista que ocorreu durante o Holocausto com os acontecimentos no âmbito do conflito entre Israel e os terroristas do Hamas é abominável. Não existe qualquer ligação com a realidade e constitui uma distorção completa da santidade da memória das vítimas do Holocausto.
Meu avô sobreviveu ao campo de extermínio de Auschwitz e seu neto (eu) serve hoje como oficial nas FDI. A diferença entre o que aconteceu naquela época e o que está acontecendo nestes dias é que hoje temos um exército para proteger o povo de Israel.
Esta guerra foi-nos imposta por terroristas que se infiltraram no território israelense para destruir o Estado de Israel. Esta guerra não é contra o povo palestino, mas contra o Hamas. Quem prejudica os cidadãos palestinos é o Hamas, que se esconde atrás deles enquanto dispara seus foguetes contra os civis do Estado de Israel.”
Lula compara ações de Israel em Gaza ao Holocausto
Durante entrevista no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.
“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula neste domingo, 18.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como “vergonhosas” e “graves” as falas do petista. Para o premiê, as declarações “banalizam” o Holocausto e tentam “prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou mais cedo uma nota em repúdio às declarações de Lula e classificou a fala do petista como uma “distorção perversa” da realidade. Afirmou ainda que as falas ofendem a “memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.
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