Como Cid convenceu Moraes?
Após três horas de depoimento, o magistrado decidiu manter o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Ao prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid (foto) reafirmou que Jair Bolsonaro (PL) sabia da minuta para um possível golpe de Estado, registrou O Globo.
Ainda segundo o tenente-coronel, que tinha a colaboração premiada ameaçada, o ex-presidente sugeriu alterações no documento.
Ao longo da audiência, Moraes perguntou a Cid se Bolsonaro tinha pleno conhecimento dos termos da minuta.
A informação foi confirmada pelo militar.
Moraes mantém delação premiada de Mauro Cid
Como mostramos, Moraes decidiu manter a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid após um depoimento de pelo menos três horas.
O STF confirmou, em nota, a manutenção da validade da delação premiada:
“Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes“
Na terça, 19, Moraes intimou Cid a dar explicações por quais razões ele teria omitido da sua delação premiada as mensagens trocadas com militares da reserva sobre supostos planos para uma tentativa de golpe de Estado, conforme revelou a Operação Contragolpe.
PF indiciou Cid, Bolsonaro e mais 35
Mauro Cid está entre os 37 indiciados pela PF, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.
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