Com permissão de Bolsonaro, governo intensifica articulação para CPMF e Renda Brasil
Em reunião ontem com líderes governistas e ministros no Planalto, Jair Bolsonaro permitiu que o governo intensifique a articulação política para a criação de uma nova CPMF que compense a desoneração da folha e do Renda Brasil...
Em reunião ontem com líderes governistas e ministros no Planalto, Jair Bolsonaro permitiu que o governo intensifique a articulação política para a criação de uma nova CPMF que compense a desoneração da folha e do Renda Brasil.
Com o aval do presidente, Ricardo Barros tornou-se o homem forte da articulação do governo e conta com o apoio de Arthur Lira (PP), líder do Centrão. Logo após a reunião no Planalto, o deputado levou Paulo Guedes para almoçar em seu apartamento e discutir com líderes partidários as duas propostas.
O Antagonista apurou que, no encontro, o ministro da Economia manteve o discurso: é preciso, segundo Guedes, aprovar a nova CPMF para viabilizar a desoneração da folha. O imposto de R$ 120 bilhões, porém, sofre resistência no Congresso.
Guedes tentou convencer, em reunião na noite de ontem, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP) de que o caminho construído pelo governo é o melhor, por ampliar a base de tributação e estimular a geração de empregos.
Próximo a Rodrigo Maia, Ribeiro resiste à tese. E o presidente da comissão mista de reforma tributária, Roberto Rocha (PSDB), acredita que a CPMF “contamina” a proposta em discussão no Congresso.
O relatório da reforma tributária será concluído na próxima semana, e a estratégia do Planalto é só apresentar a sua PEC com a CPMF após conseguir o apoio de lideranças à proposta.
A articulação mistura-se com a criação do Renda Brasil. O programa social deverá ser apresentado na próxima semana, em uma entrevista coletiva, para que o Planalto consiga o “domínio da narrativa” sobre o novo Bolsa Família.
“O presidente Bolsonaro autorizou que nós pudéssemos instrumentalizar a reforma tributária. O líder Aguinaldo Ribeiro, o presidente Rodrigo Maia, para que eles possam discutir o texto completo com o governo, sabendo que há prazo para a entrega do relatório. E também o senador Márcio Bittar recebeu do governo Bolsonaro as orientações de quais alternativas eles poderá escolher para seu relatório [do Renda Brasil]”, disse Barros esta manhã, ao lado de Guedes, após reunião com Bolsonaro.
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