Com Marília Arraes no Solidariedade, Pernambuco passa a ter 5 nomes competitivos
Nesta sexta-feira (25), como noticiamos há pouco, a deputada federal Marília Arraes (foto), neta de Miguel, vai se filiar ao Solidariedade para, em tese, disputar o governo de Pernambuco em outubro. Marília deixou o PT nesta semana, depois de o partido tentar forçar a pré-candidatura dela ao Senado na chapa que terá o deputado Danilo Cabral, do PSB, como candidato ao governo...
Nesta sexta-feira (25), como noticiamos há pouco, a deputada federal Marília Arraes (foto), neta de Miguel, vai se filiar ao Solidariedade para, em tese, disputar o governo de Pernambuco em outubro.
Marília deixou o PT nesta semana, depois de o partido tentar forçar a pré-candidatura dela ao Senado na chapa que terá o deputado Danilo Cabral, do PSB, como candidato ao governo. Ela sempre deixou clara a intenção de concorrer ao Palácio do Campo das Princesas.
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, está feliz da vida: em nota, disse que o partido “não aceitará qualquer hostilidade a Marília Arraes em Pernambuco”. “Ela tem um partido que a defenderá”, emenda ele, no texto. Ambos, Paulinho e Marília, continuam garantindo apoio a Lula. Resta saber se o eleitorado pernambucano vai entender o movimento político da deputada.
Adversários acreditam que Marília terá dificuldades para construir uma estrutura de campanha fora do PT. Ela busca aliança com o PSD no estado, mas não será fácil, uma vez que o deputado André de Paula, líder estadual do partido de Gilberto Kassab, já vem negociando com a chapa encabeçada pelo PSB, inclusive buscando a vaga ao Senado. Lula tem dito que, para apoiar Danilo Cabral ao governo, não abre mão de o PT ocupar a candidatura ao Senado na coligação.
“É guerra deles. Vai dividir mais ainda o governo deles. O PSB vai ter dificuldade, porque Marília é uma pessoa considerável. Se ela acha que tem que ir para a batalha, que vá”, disse a O Antagonista o deputado bolsonarista Pastor Eurico, que amanhã vai trocar o Patriota pelo PL, de Jair Bolsonaro.
Se fizer voo solo, a neta de Miguel Arraes não terá tempo de TV considerável nem, ao menos na largada, apoios significativos de prefeitos e deputados. Mas na política e na vida, claro, tudo é possível e Marília poderá acabar rivalizando, de novo, com os socialistas, o que seria uma repetição do cenário das eleições municipais de 2020, quando a deputada perdeu no segundo turno para o atual prefeito de Recife, João Campos, seu primo, que, por óbvio, apoiará o correligionário Danilo Cabral — ontem, no ato de filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, em Brasília, Cabral estava presente e foi apresentado pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, como “o futuro governador de Pernambuco”.
Muito bem nas pesquisas de intenção de voto até aqui, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, do PSDB, vai tentar furar o bloqueio da histórica briga entre petistas e socialistas no estado. Ela tem se destacado por ser “uma oposição que não está com Bolsonaro”, nas palavras de um observador da cena política local.
O candidato bolsonarista ao governo de Pernambuco será Anderson Ferreira, do PL, prefeito de Jaboatão dos Guararapes e irmão gêmeo do deputado federal André Ferreira. O candidato ao Senado na coligação avalizada pelo presidente da República será o atual ministro do Turismo, Gilson Machado.
Miguel Coelho (União Brasil), prefeito de Petrolina e filho do senador Fernando Bezerra Coelho, também é pré-candidato ao governo de Pernambuco. Quando Bezerra estava na liderança do governo Bolsonaro no Senado, havia uma expectativa de apoio do Planalto à candidatura de Miguel Filho, o que não se concretizou depois que o senador deixou a função em meio à votação para uma vaga no TCU, conquistada por Antonio Anastasia.
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