Com discurso contrário a Pacheco e Lira, Bolsonaro põe em xeque utilidade do comitê de crise
Ao voltar a criticar há pouco medidas adotadas por prefeitos e governadores para conter a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro vai na contramão da estratégia defendida por Rodrigo Pacheco e Arthur Lira no comitê de combate à pandemia, que foi criado para resolver esse tipo de problema...
Ao voltar a criticar há pouco medidas adotadas por prefeitos e governadores para conter a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro vai na contramão da estratégia defendida por Rodrigo Pacheco e Arthur Lira no comitê de combate à pandemia, que foi criado para resolver esse tipo de problema.
Mais cedo, em coletiva após reunião do comitê, Pacheco defendeu um novo momento de união nacional: “Temos dois caminhos: ou da união, materializada nesta primeira reunião de hoje, que se desdobrará em novas reuniões amiúde entre todos estes personagens (União, estados e municípios), ou o caminho do caos. E ninguém quer o caminho do caos.”
Lira prosseguiu na mesma direção. “Esse é momento de muita dificuldade, mas é um momento de muita concentração na união de esforços para que todos juntos consigamos encontrar um único caminho que é o caminho de superarmos essa crise.”
No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os presidentes do Senado e Câmara defenderam medidas restritivas contra Covid, como distanciamento social e a paralisação momentânea de atividades, além do uso de máscaras.
Meia hora depois, Bolsonaro, em pronunciamento, disse que o Brasil “tem que voltar a trabalhar. A população brasileira tem que voltar a trabalhar”.
“Algumas medidas, alguns decretos têm se superado, e muito, o que seria até mesmo um estado de sítio no Brasil. O estado de sítio não é o presidente que decreta (…) Essa política, entendo eu, desses isolamentos, dessas medidas restritivas, com toque de recolher, com supressão do direito de ir e vir, extrapola e muito até mesmo o estado de sítio”, disse Bolsonaro.
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, claro, ficaram “desconfortáveis” com as declarações do presidente da República. Resta saber se o desconforto é suficiente para darem andamento a um processo de impeachment.
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