Com Bolsolão, presidente consegue a façanha de misturar ‘pedaladas, petrolão e mensalão’
O economista Roberto Ellery Júnior disse a O Antagonista não acreditar que as investigações sobre o Bolsolão, esquema noticiado por este site desde o início de 2020, vão para frente. "Não sei se o pessoal vai querer levar adiante, porque envolve congressistas poderosos e parte da oposição parece pensar que é melhor deixar Bolsonaro terminar o mandato...
O economista Roberto Ellery Júnior disse a O Antagonista não acreditar que as investigações sobre o Bolsolão, esquema noticiado por este site desde o início de 2020, vão para frente.
“Não sei se o pessoal vai querer levar adiante, porque envolve congressistas poderosos e parte da oposição parece pensar que é melhor deixar Bolsonaro terminar o mandato.”
Ellery Júnior, no entanto, não tem dúvidas de que, se as investigações avançassem, seriam encontrados motivos para o impeachment de Jair Bolsonaro. Para ele, o Bolsolão é uma mistura dos principais escândalos recentes do país.
“Acredito que, se procurarem, são altas as chances de encontrar motivos para um impeachment. A história mistura pedaladas (dribles no orçamento), petrolão (com a Codevasf no lugar da Petrobras) e mensalão (pagamento de deputados para votar pautas de interesse do governo).”
Do ponto de vista político, acrescentou o economista, a situação é ainda mais vexatória para o governo Bolsonaro, porque “estão pagando, mas não estão levando”.
“As reformas continuam paradas.”
Como se diz nos bastidores de Brasília desde o primeiro ano do atual governo, Jair Bolsonaro deu continuidade ao velho “toma lá, dá cá” — que, quando candidato, repudiava –, mas não tem a garantia do “dá cá”.
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