Colapso em Maceió: senador pede ajuda a Alckmin
O presidente em exercício do Senado, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), e o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, se reuniram para discutir o apoio financeiro da União ao governo municipal de Maceió para a realocação dos cerca de 60 mil moradores que foram obrigados a deixar suas casas após alerta de risco iminente de colapso de uma mina...
O presidente em exercício do Senado, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), e o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, se reuniram para discutir o apoio financeiro da União ao governo municipal de Maceió para a realocação dos cerca de 60 mil moradores que foram obrigados a deixar suas casas após alerta de risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica Braskem.
O encontro aconteceu no Palácio do Planalto e teve como objetivo buscar soluções para a grave crise enfrentada pela população local. O senador destacou a importância da união entre União, estado e município nesse momento e ressaltou a necessidade de responsabilização dos responsáveis pela exploração inadequada na região ao longo dos últimos 40 anos.
Segundo o senador, técnicos enviados por Alckmin já estão em Maceió para auxiliar nas medidas emergenciais. A primeira medida solicitada por Rodrigo Cunha é a realocação dos moradores que ainda permanecem na área considerada de risco. A estimativa é que cerca de 20 mil pessoas precisem ser realocadas com qualidade.
“Estamos buscando a atenção total desse país, para um assunto que mexe com a parte ambiental, social, que mexe com o psicológico. É momento de unificação, entre União, estado e município, e não retrabalhos. Não vamos fechar os olhos jamais para essa prática indiscriminada. Tema triste, porém, necessário, justamente quando estamos falando sobre COP [Conferência do Clima], sobre cuidar do meio ambiente e do clima e temos aqui uma das maiores catástrofes do mundo, devido a uma exploração mineral em área urbana. Quando se pensa no tripé da responsabilidade social, ambiental e financeira e uma delas sobressai, as demais sofrem“, disse Cunha.
A região afetada fica na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió. A recomendação é que a população evite transitar na área enquanto as medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. O solo na região esta descendo 2,6 centímetros por minuto e pode desabar a qualquer momento.
Desde 2019, as minas da Braskem estão fechadas após a confirmação de afundamento do solo da cidade causado pela atividade de extração de sal-gema.
Nos últimos meses, foram registrados cinco abalos sísmicos na área. Um possível colapso poderia resultar em grandes crateras e causar um efeito cascata em outras minas. A Defesa Civil Municipal alerta que o colapso pode acontecer a qualquer momento e que as consequências ainda não podem ser medidas, pois estão diante de uma situação inédita.
A Braskem informou que está acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes. O caso representa uma das maiores catástrofes ambientais do mundo relacionada à exploração mineral em área urbana.
A preocupação com o meio ambiente e as consequências desse desastre também são ressaltadas pelo senador, especialmente em um momento em que se discute a Conferência do Clima (COP) e a necessidade de cuidar do meio ambiente e do clima globalmente.
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