Clã Bolsonaro deflagra guerra contra Marçal, mas cobra gestos de Nunes
Filhos do ex-presidente da República questionam reais intenções do ex-coach ao tentar se aproximar do bolsonarismo e de sua militância
Os filhos de Jair Bolsonaro deflagraram uma guerra contra o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) após o empresário criticar publicamente o apoio do ex-presidente a Ricardo Nunes (MDB) e se autoproclamar candidato do bolsonarismo à prefeitura de São Paulo.
Isso, no entanto, não significa um alinhamento automático à campanha do atual chefe de Poder Executivo paulista. Muito pelo contrário. O entorno do ex-presidente cobra do emedebista sinais mais claros em direção ao bolsonarismo para permanecer no palanque de Nunes.
Nesta quarta-feira, 21, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o influenciador tanto em mensagens na sua lista de transmissão de WhatsApp quanto em um vídeo publicado em suas redes sociais.
“Arregão”
No vídeo, Eduardo chamou Marçal de “arregão” após ele faltar a uma live do jornalista Paulo Figueiredo. Segundo Figueiredo, o candidato desmarcou o encontro por não concordar em ser questionado sobre os abusos do ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Se você for aplicar o velho ditado, ‘quem com ferro fere, com ferro será ferido’… é para todo mundo chamar Pablo Marçal de ‘arregão’. Foi isso o que ele disse quando os outros se furtaram a não comparecer a um debate com ele”, disse o parlamentar. “Tem gente que apenas gosta da lacração”, acrescentou Eduardo Bolsonaro em referência ao ex-coach.
Nos bastidores, outros filhos de Bolsonaro, como o senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro, têm reclamado da postura de Marçal. Na visão deles, conforme apurou este portal, Marçal tenta ser maior que o ex-presidente da República ao questionar, por exemplo, o apoio de Jair Bolsonaro à candidatura de Nunes.
Apesar disso, o clã também reclama da postura do prefeito, considerada errática até o momento. Situações como o endosso à candidatura de Joice Hasselmann (Podemos) não foram bem digeridas pelo clã. Outra questão é que o próprio Nunes ainda não se manifestou, por exemplo, pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, nem confirmou presença nos protestos convocados pela militância bolsonarista para o dia 7 de setembro.
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