Ciro quer “botar o governo para proteger os endividados”
Ciro Gomes divulgou no Twitter um vídeo em que aparece ao centro de uma mesa tentando explicar a outras seis pessoas como vai fazer para limpar o nome de 63 milhões de brasileiros no SPC. Primeiro, o presidenciável do PDT menciona o feirão da...
Ciro Gomes divulgou no Twitter um vídeo em que aparece ao centro de uma mesa tentando explicar a outras seis pessoas como vai fazer para limpar o nome de 63 milhões de brasileiros no SPC.
Primeiro, o presidenciável do PDT menciona o feirão da Serasa – onde empresas oferecem descontos e mudanças nos prazos de pagamento de dívidas atrasadas – e ironiza os ricos por não saberem do que ele está falando.
“A Serasa é assim: ‘Venha limpar seu nome que nós lhe damos um desconto de 50, 60, 70%’. No cartão de crédito, meu irmão, tem desconto de 95%. Por quê? [Porque] Cobra do consumidor brasileiro 486% de juro ao ano. Sabe quanto é o juro do cartão de crédito nos Estados Unidos, na mesma bandeira (Visa, American Express, Mastercard)? Oito [por cento]! Então o primeiro movimento: pegar essa dívida, que eu já sei quanto é, e botar o governo para proteger os endividados.”
Neste momento, Ciro encarna a voz do presidente eleito, impondo-se na negociação com empresários em nome do povo:
“E agora é comigo que você vai negociar, meu patrão. Senta aqui, traz um desconto pra mim. Meu povo agora não está mais desprotegido. Agora tem um governo comprometido com o povo.”
O candidato então prossegue com a explicação de seu plano:
“Aí eu pego essa dívida descontada – no cálculo que eu faço, dá 1.400 reais, cara, 1.400 reais por família –, aí eu pego o Banco do Brasil e a Caixa Econômica e vou ganhar dinheiro, porque vou tirar o juro de 486% e vou cobrar dez, doze, onze [por cento]. Se os bancos privados se interessar [sic], eu dou uma afrouxadinha no compulsório. O que é o compulsório?”
Ciro dá uma explicação enrolada sobre o tema, mas mostra otimismo:
“O do dinheiro que está depositado no banco, o do governo pra não ficar dinheiro frouxo na coisa da inflação, o governo obriga, pressiona a compulsória a guardar no Banco Central uma parte grande. Se eu der uma afrouxadinha, e o banco se interessar porque vai ganhar dinheiro, não os 480%, mas 12 [por cento], ele pode vir me ajudar, mas eu não vou precisar dele, não. Eu tô preparando um projetinho só com a Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Basa [Banco da Amazônia], Banrisul [Banco do Estado do Rio Grande do Sul]. Vai dar certo.”
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