Ciência e medicina não guiam Doria e Covas na pandemia
No dia 20 de maio, João Doria disse que estava pronto o protocolo para a decretação de um eventual lockdown no estado de São Paulo. Que a decisão drástica poderia ser tomada, caso o índice de isolamento social continuasse por volta de 50% da população -- insuficiente para conter a propagação da Covid-19...
No dia 20 de maio, João Doria disse que estava pronto o protocolo para a decretação de um eventual lockdown no estado de São Paulo. Que a decisão drástica poderia ser tomada, caso o índice de isolamento social continuasse por volta de 50% da população — insuficiente para conter a propagação da Covid-19.
Cinco dias depois, o governador tucano começou a falar em abertura, mesmo com o isolamento fajuto e a piora da maioria dos indicadores da pandemia. Hoje, como publicamos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, vai anunciar a abertura de boa parte do comércio na cidade. A justificativa é que não há colapso nos hospitais — um dado intrigante, visto que os novos casos e as mortes por Covid-19 continuam a aumentar no estado.
De ontem para hoje, como registramos, foram contabilizadas 334 mortes pelo novo coronavírus em São Paulo — novo recorde diário — e o total de vítimas fatais chegou a 9.522. Nas últimas 24 horas, foram notificados 5.545 casos confirmados da doença. Com isso, o total de casos no estado ultrapassou a marca de 150 mil. Agora são 150.138.
Ciência e medicina não têm nada a ver com as decisões de Doria e Covas. É pressão do setor comercial, só isso.
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