Cidadania decide romper federação partidária com PSDB
A federação foi formalizada em maio de 2022 com o objetivo de enfrentar a cláusula de barreira

O diretório nacional do Cidadania decidiu, neste domingo, 16, romper com a federação partidária formada com o PSDB. A decisão, que já havia sido tomada pela executiva nacional em 19 de fevereiro, foi ratificada após votação em Brasília.
O presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, afirmou que o partido pretende intensificar negociações para novas alianças, mas a oficialização da saída deve ocorrer apenas no ano que vem, devido à exigência legal de que partidos em federação permaneçam unidos por no mínimo quatro anos.
A federação PSDB-Cidadania foi formalizada em maio de 2022 com o objetivo de enfrentar a cláusula de barreira. Contudo, a aliança nunca foi unanimidade interna, especialmente no Cidadania, onde a união gerou divisões.
Durante as eleições de 2022, ambos os partidos apoiaram a candidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência, mas divergências aumentaram nas eleições municipais, onde o Cidadania se sentiu “asfixiado” pelo PSDB. Membros do partido criticam o desequilíbrio nas negociações da federação, que favoreciam o PSDB, restringindo a autonomia do Cidadania.
PSDB em negociações
Enquanto isso, o PSDB já negocia novas alianças para tentar reverter sua queda eleitoral.
O presidente do PSDB, Marconi Perillo, desistiu da fusão com PSD e MDB após meses de negociação. Em vez disso, a sigla optou por uma aliança com dois partidos menores, Podemos e Solidariedade, na tentativa de evitar um processo de “extinção” e manter a sua identidade política. Segundo Perillo, unir-se às legendas de Gilberto Kassab e Baleia Rossi poderia tornar o PSDB submisso.
“O partido caminha nesta direção, de fazer fusão com partidos menores, para mantermos nosso programa, nossa história. A direção é essa. É o que a base quer e vamos fazer”, afirmou ao jornal O Globo .
A possível fusão com PSD e MDB já causou atritos internos, especialmente em estados como Minas Gerais, onde Aécio Neves temia perder espaço para Rodrigo Pacheco, senador pelo PSD e ex-presidente do Senado, que também disputava o governo estadual.
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Comentários (1)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
16.03.2025 19:22Estão desfazendo o abraço dos afogados.