O temporal que atingiu o Rio de Janeiro no último fim de semana afetou o sistema de abastecimento de água da região metropolitana, dependente das estações de tratamento e rios localizados na Baixada Fluminense, que foi muito afetada pela tempestade.

De acordo com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), foi necessário reduzir drasticamente a capacidade da Estação de Tratamento do Guandu, responsável por fornecer água para aproximadamente 11 milhões de pessoas. No domingo, 14, por volta das 15h, a estação operava com apenas 19% da sua capacidade, em virtude das alterações na água captada.

Nesta segunda-feira, 15, houve uma intensificação da operação, elevando a capacidade para 78%. Os técnicos da Cedae continuam monitorando as condições da água bruta e a expectativa é que a operação da estação seja retomada assim que o manancial voltar à normalidade.

A Estação de Tratamento Água de Japeri, também localizada na Baixada Fluminense, teve seu funcionamento totalmente interrompido desde a tarde de domingo, devido à elevação do nível do rio e às alterações na qualidade da água bruta.

A concessionária de distribuição Águas do Rio informou nesta manhã que a situação das estações de tratamento impacta diretamente a distribuição de água. Em Japeri, por exemplo, o abastecimento em todo o município está suspenso.

A distribuição de água para residências e estabelecimentos nos municípios do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti também está sendo afetada.

Situação dos Hospitais do Rio de Janeiro após as tempestades

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, a partir desta segunda-feira, 15, essas clínicas estarão funcionando apenas para casos de urgência, suspendendo as consultas eletivas por uma semana.

Quais hospitais foram mais afetados pelas chuvas?

Um dos pontos mais afetados foi a Clínica da Família Marcos Valadão, em Acari, onde o subsolo, que abriga o almoxarifado, a sala dos agentes comunitários, três consultórios, administração e auditório, foi atingido pelas chuvas.

O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que fica no mesmo terreno da clínica mencionada, também sofreu inundação parcial durante a madrugada de domingo. Foi necessário utilizar uma máquina para drenar a água do subsolo.

O hospital ficou sem energia elétrica por cerca de seis horas como medida de segurança. Técnicos da Rioluz compareceram ao local para religar a energia por meio de uma rede alternativa, desviando os cabos da área alagada.