Chanceler de Lula defende “grupo de amigos” da Venezuela
O ministro Mauro Vieira afirmou que o governo brasileiro continuará buscando um “consenso social” dentro da Venezuela
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), afirmou que o governo brasileiro continuará buscando um “consenso social” dentro da Venezuela após as eleições de julho e que um rompimento das relações diplomáticas com o país vizinho não está em cogitação.
Vieira defendeu ainda uma solução inspirada na iniciativa de Lula que ficou conhecida como “Grupo de Amigos da Venezuela”. Criado em 2003, o grupo teve como objetivo diminuir as tensões entre o governo de Hugo Chávez e a oposição.
“Temos que pensar em algo do gênero, em que esteja presente o governo, a oposição, todos que se possam conversar e saber o que cada um quer, o que cada um espera, o que cada um pode fazer”, disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.
E a Venezuela, Lula?
Lula ignorou a crise pós-eleitoral na Venezuela em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, em 24 de setembro, enquanto outras autoridades internacionais se posicionaram sobre o tema.
Em paralelo à agenda das Nações Unidas, o G7, grupo das sete maiores economias do mundo, publicaram um comunicado sobre a situação venezuelana.
Quando foi questionado sobre o ditador Nicolás Maduro depois do evento em Nova York, Lula afirmou: “Por que eu vou falar da Venezuela? Eu falo o que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer era aquele. E foi muito bom discurso“.
Ao tomar posse em 2023, Lula retomou as relações diplomáticas com a Venezuela, do ditador Nicolás Maduro. No final de julho, Maduro comandou uma fraude eleitoral, que foi exposta pela oposição. Sobre esse país, que já enviou 125 mil pessoas ao Brasil, Lula não dedicou uma única frase na ONU.
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