“Cessa a narrativa descomunal”, diz Bolsonaro sobre caso Marielle
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) alfinetou aqueles que o associaram ao assassinato da ex-vereadora carioca Marielle Franco...
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) alfinetou aqueles que o associaram ao assassinato da ex-vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) nesta terça-feira, 23 de janeiro.
Mais cedo, vazou na imprensa a delação não-homologada do miliciano Ronnie Lessa, principal suspeito de ser autor dos disparos, apontando o ex-deputado estadual Domingos Brazão como mandante do crime.
“Cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda”, publicou Bolsonaro no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter.
Ele compartilhou um vídeo gravado em outubro de 2019, quando estava em viagem oficial como presidente à Arábia Saudita, no qual rebatia acusações feitas por reportagem da TV Globo.
Na ocasião, o Jornal Nacional afirmou que um porteiro do condomínio de Bolsonaro no Rio de Janeiro teria autorizado, a pedido do hoje ex-presidente, a entrada de um dos suspeitos envolvidos no assassinato de Marielle.
– O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda.
– Quando a TV Globo denunciou o caso, em 30/out/2019, Bolsonaro estava… pic.twitter.com/Q7fantF3LG
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 23, 2024
Quem mandou matar Marielle havia sido preso pela Lava Jato?
Blogs petistas afirmam que o agora delator Ronnie Lessa apontou Domingos Brazão como mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (na foto, em painel de homenagem na Câmara dos Deputados) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018 com a participação do miliciano. São os mesmos blogs petistas que demonizam a Lava Jato, que chegou a prender Brazão cerca de um ano antes, em 29 de março de 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) eleito em 2015 pela maioria dos pares na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
Os conselheiros foram acusados de receber propinas em troca de vista grossa sobre desvios em obras no estado. As vantagens indevidas incluíam uma mesada de 70 mil reais para cada um, que seria paga pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
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