Eleições podem ser definidas em 1º turno em duas das três capitais do Sul
A surpresa da eleição em todo o país, no entanto, pode vir de Curitiba. Candidata pode chegar a segundo turno em um campanha de 300 mil reais e sem tempo de TV
As eleições municipais podem terminar em primeiro turno em duas das três capitais do Sul do país: Porto Alegre e Florianópolis. A surpresa da eleição em todo o país, no entanto, pode vir de Curitiba. A neófita Cristina Graeml (PMB) – que não teve tempo de TV, nem fundão eleitoral – tem grandes chances de chegar ao segundo turno contra o candidato do PSD e do prefeito Rafael Greca.
Segundo as principais pesquisas de intensão de voto, Topázio Neto (PSD), tem chances de levar já no primeiro turno em Florianópolis. Segundo levantamento da Quaest divulgado neste sábado, Neto teria 53% das intenções de voto válidos contra 21% do Marquito (PSOL) e 14% do ex-senador Dário Berger (PSDB).
O prefeito tem enfrentado uma série de acusações. Sua curta gestão — ele era vice do ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil), que renunciou para concorrer ao governo do estado — tem sido marcada por operações policiais ‘fora da curva’, mirando adversários do chefe de Poder Executivo.
Coincidentemente, após entregar a vaga de vice para o PL, as operações policiais contra os secretários de Topázio cessaram. Fora os escândalos da gestão de Topázio, a eleição tem apresentado poucas propostas, com destaque para o favoritismo do prefeito que busca a reeleição.
Debate ambiental toma conta da disputa em Porto Alegre
Ao contrário do que ocorreu nas principais capitais brasileiras, a questão climática deu a tônica da campanha eleitoral na capital do Rio Grande do Sul e nos debates televisivos. O prefeito Sebastião Melo (MDB, foto) foi duramente criticado pelas falhas nas bombas d’água responsáveis pela drenagem da água do lago Guaíba.
Durante os programas, os candidatos lembraram a maior tragédia climática da história de Porto Alegre. Neste ano, cinco pessoas morreram, 14,2 mil ficaram desabrigadas e 160 mil foram atingidas direta ou indiretamente em virtude da elevação do lago Guaíba, que chegou a 5,33 metros. Essa foi a maior cheia desde 1941, quando o Guaíba chegou a 4,76 metros naquele ano.
Apesar disso, há uma tendência que ele seja reeleito em primeiro turno. No último debate, as candidatas Maria do Rosário (PT) e Juliana Brizola (PDT) fizeram uma dobradinha para tentar desgastar a imagem do prefeito, mas elas disputam uma vaga no segundo turno contra Melo.
Na “República de Curitiba”, candidata ‘Davi’ pode disputar segundo turno contra ‘Golias’ do PSD
Já em Curitiba, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), pode disputar o segundo turno na disputa pela capital contra Cristina Graeml (PMB).
Segundo o último levantamento da Quaest, Pimentel tem 30% dos votos válidos e Cristina 26%. Luciano Ducci (PSB) tem 23% e está tecnicamente empatada com a jornalista.
Cristina foi um dos destaques da campanha ao conseguir atrair parte do eleitorado que ficou refém da operação Lava Jato. Ela também atraiu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela fez uma campanha sem tempo de TV e sem fundão eleitoral, contando apenas com doações de pessoas físicas.
Ao todo, a campanha eleitoral de Cristina custou 393 mil reais. A título de comparação, Pimentel arrecadou 12,4 milhões de reais e gastou 10,4 milhões de reais.
O ex-senador Roberto Requião (Mobiliza), que tentou ser aproximar do petismo, mas foi traído por Gleisi Hoffmann e pelo presidente Lula, passou a campanha inteira em posição de coadjuvante.
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