Centrão ainda não desistiu de pagamento obrigatório do orçamento secreto
Como parte do acordo firmado entre lideranças da Câmara e do Senado para retirar a obrigatoriedade do pagamento das emendas de relator-geral, ficou estabelecido que a Comissão Mista de Orçamento vai elaborar um projeto de resolução...
Como parte do acordo firmado entre lideranças da Câmara e do Senado para retirar a obrigatoriedade do pagamento das emendas de relator-geral, ficou estabelecido que a Comissão Mista de Orçamento vai elaborar um projeto de resolução para regulamentar a prática.
Como registramos mais cedo, alguns parlamentares, inclusive da base do governo, foram contra o pagamento obrigatório das emendas do orçamento secreto. Eles entenderam que o dispositivo poderia criar mais discórdia entre os congressistas pela falta de critérios claros de como são distribuídas as emendas de relator-geral.
Além disso, o relator-geral do orçamento de 2023 é Marcelo Castro (MDB-PI), aliado de Lula. Por isso, o Centrão temia que, ao tornar obrigatório o custeio desses recursos, poderia perder o controle das emendas secretas.
A insatisfação foi tamanha que partidos da base do governo também se mobilizaram para retirar a obrigatoriedade do pagamento das RP9.
Agora, a ideia é elaborar uma proposta legislativa que estabeleça novos critérios de distribuição das emendas de relator-geral. Somente após essa mudança é que o Congresso vai propor, mais uma vez, a obrigatoriedade de pagamento das chamadas RP9.
O projeto de resolução será encabeçado pelo presidente da CMO, Celso Sabino (União-PA, foto).
Para o orçamento de 2023, todas as indicações das emendas de relator-geral deverão trazer o nome do parlamentar solicitante, ainda que tenha sido apresentada por demanda de agentes públicos ou representantes da sociedade civil.
O Congresso destinou para o ano que vem R$ 19 bilhões em emendas de relator-geral.
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