Centrão apoiou pautas conservadoras, diz presidente da CCJ
Caroline de Toni atribui avanço de pautas polêmicas aos acordos com “deputados do centro, que também ouvem as demandas da população”
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) refutou as críticas recebidas por sua atuação à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Ela é acusada pela base governista de promover a agenda bolsonarista no colegiado. Adversários afirmam que De Toni, prestes a deixar o cargo de presidente da Comissão, adota postura “parcial” e “autoritária”.
A O Antagonista, a deputada rejeitou as críticas, defendeu sua prerrogativa sobre as escolhas das pautas apreciadas pelos membros do colegiados e afirmou que as aprovações como o Pacote segura-MST, a PEC antidrogas, o Pacote segura-STF, a PEC do Aborto e o PL do voto impresso, ao longo de 2024, também refletem os interesses do centro político e não se limitam exclusivamente à direita no Congresso Nacional.
“É importante destacar que pautas como a defesa da vida, propostas anti-drogas e contra invasões não são exclusivas da direita. Deputados do centro, que também ouvem as demandas da população, apoiaram essas causas, mostrando que elas transcendem divisões ideológica”, afirmou a deputada.
Relevância
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é reconhecida como a comissão mais relevante da Casa, uma vez que todas as matérias passam por ela antes de serem encaminhadas ao plenário. Sob a liderança de De Toni, a base governista foi minoria, sucumbindo à aliança entre a oposição e o centro.
No colegiado mais importante da Câmara, o grupo governista repetiu a mesma dificuldade observada no plenário da Casa de Leis: a falta de habilidade para construir consensos e garantir votos para além de sua base.
De Toni deve encerrar sua gestão em março deste ano, dando lugar, se confirmada a previsão, ao colega Elmar Nascimento (União-BA). Ela defende que o legado de sua atuação é a “ressuscitação” de votações aguardadas pela sociedade. “Destaco a PEC da Vida, que estava parada há 12 anos e foi reativada”, afirmou.
Prerrogativa e canetada
“Ao contrário do que dizem, respeitei a pluralidade e pautei projetos de todos os partidos. Contudo, a definição da pauta é uma prerrogativa exclusiva do presidente da comissão e não há obrigatoriedade em reuniões de coordenação. Mas ouvi os colegas parlamentares, e todas as legendas tiveram oportunidade”, encerrou a deputada.
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