Cármen Lúcia inclui presidente afastado do Ibama em inquérito contra Salles
Cármen Lúcia incluiu o presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim, no inquérito contra ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que apura suposta proteção da pasta à extração de madeira ilegal na Amazônia...
Cármen Lúcia incluiu o presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim, no inquérito contra ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que apura suposta proteção da pasta à extração de madeira ilegal na Amazônia.
O pedido de inclusão foi feito pela Procuradoria-Geral da República, após questionamento da ministra sobre sua ausência no requerimento inicial apresentado pelo órgão.
“As mesmas circunstâncias fáticas e jurídicas expostas justificam a inclusão de Eduardo Fortunato Bim nas investigações”, escreveu Cármen Lúcia.
Ela deu 30 dias para a conclusão da investigação e, na mesma decisão, rejeitou um pedido do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) para afastar Salles do cargo. Afirmou que só a PGR pode fazer esse pedido.
“Não cabe a particulares sem relação com o processo o pleito de aplicação de medidas cautelares penais aos investigados”, disse.
Segundo o delegado Alexandre Saraiva, autor do pedido original de investigação, logo após a apreensão de toras avaliadas em R$ 129 milhões no ano passado, Bim requisitou da Polícia Federal informações sobre a investigação sobre a extração de madeira ilegal, objeto da Operação Handroanthus.
Mais cedo, como mostramos, Salles comunicou ao STF a entrega de seu celular à Polícia Federal. O aparelho será analisado dentro de outro inquérito, sob relatoria de Alexandre de Moraes, que investiga o afrouxamento de normas para a exportação de madeira.
Na investigação supervisionada por Cármen Lúcia, Salles é investigado por suposta prática de advocacia administrativa em favor de grupos que, segundo a PF, são organizações criminosas envolvidas na extração de 200 mil m³ de madeira apreendidos no ano passado.
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