Carluxo ainda não perdoou o porteiro
Carlos Bolsonaro fez uma série de postagens em rede social para comentar a operação sobre a 'Abin paralela' que levou agentes da PF a sua casa
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento nesta terça-feira, 30, à Polícia Federal (PF). O inquérito corre em segredo de justiça, mas o vereador, que revelou uma velha mágoa durante suas postagens de hoje nas redes sociais, disse que se trata de investigação sobre um comentário publicado em agosto de 2023, que teria ofendido o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
“Atualizando: indo depor por causa disso aqui. Qualquer outra linha de desinformação diferente disso é mais uma FAKENEWS! Tire suas conclusões! Um abraço!”, publicou Carluxo em seu perfil no X, junto com uma reprodução da postagem em questão.
Na postagem de 28 de agosto, Carluxo escreveu “O seu guarda diretor aqui enxerga com outro olhos” ao compartilhar publicação do perfil Dama de Ferro com críticas à falta de investigação sobre manifestações agressivas dirigidas a Jair Bolsonaro.
E o porteiro?
Além de postar um vídeo para expor a forma como teria encontrado sua casa após a passagem de agentes da PF, o vereador relembrou um velho coadjuvante das investigações sobre a família Bolsonaro.
“Pessoal que trabalha comigo chegando em minha casa e quem de todos que poderiam fazer contato para permitir acesso interfonando o fez? O mesmo porteiro que mentiu na Polícia Federal dando bom dia!”, publicou Carluxo em outro post.
Uma declaração do porteiro em questão embasou suspeitas de que Jair Bolsonaro teria algum envolvimento com o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Bolsonaro estava em Brasília no dia do crime, 14 de março de 2018, mas um porteiro de seu condomínio disse que, por volta das 17h10 daquele dia, teria falado com o “seu Jair”. Ele o teria feito ao ligar para sua casa no condomínio Vivendas da Barra, para saber se um dos suspeitos do assassinato, Élcio Queiroz, poderia ir à casa dos Bolsonaro.
Delações
Em julho de 2023, Élcio fechou o único acordo de delação premiada do caso Marielle confirmado oficialmente até agora.
Num segundo acordo, ainda não confirmado pela PF, o ex-policial militar Ronnie Lessa apontou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão como mandante do crime.
O nome de Jair Bolsonaro não apareceu em nenhuma das delações.
Abin paralela
A operação da PF contra Carluxo no âmbito de investigações sobre a Abin paralela resultou na apreensão de pelo menos 18 aparelhos eletrônicos em endereços ligados ao vereador.
Os principais itens apreendidos foram três notebooks, 11 computadores e quatro celulares. Um celular e três notebooks foram apreendidos na casa de Angra dos Reis (RJ).
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