Calero defende afastamento de Bolsonaro para evitar interferência em inquérito
O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) defendeu, junto ao ministro Celso de Mello, o afastamento de Jair Bolsonaro da Presidência, para que ele não interfira na investigação sobre a suposta interferência política na Polícia Federal...
O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) defendeu, junto ao ministro Celso de Mello, o afastamento de Jair Bolsonaro da Presidência, para que ele não interfira na investigação sobre a suposta interferência política na Polícia Federal.
Na manifestação enviada ao ministro o parlamentar diz que o inquérito aberto sobre o caso no STF é “natimorto” — o argumento é de que o novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, nomeado hoje por Bolsonaro, não terá autonomia e independência para investigar.
“Tem-se, então, o seguinte descalabro político-jurídico: um inquérito policial requisitado para investigar crimes pretensamente praticados pelo presidente da República, entre eles obstrução de justiça e coação no curso do processo, em que o órgão responsável pela investigação terá seu diretor-geral alterado justamente para satisfazer o desejo de interferência política nas investigações por parte do próprio chefe do poder executivo”, diz a petição do deputado.
Ele também vê risco de interferência no inquérito inconstitucional conduzido por Alexandre de Moraes no Supremo para apurar ataques aos ministros do STF.
Para sustentar o pedido, Calero cita regra do Código de Processo Penal que elenca medidas alternativas à prisão preventiva durante uma investigação — a Constituição proíbe que o presidente seja preso antes de uma condenação por crimes comuns.
Alternativamente, o deputado propõe que o STF proíba Bolsonaro de manter qualquer contato com o novo diretor-geral da PF.
O deputado pede que a sugestão seja submetida para avaliação de Augusto Aras, a quem cabe solicitar formalmente providências desse tipo.
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