Caiado aproveita inelegibilidade para reforçar candidatura em 2026
"Em março eu lançarei minha candidatura à Presidência da República", afirmou o governador de Goiás
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou durante coletiva de imprensa sobre sua a condenação, em primeira instância, por abuso de poder político, e reforçou que será candidato à Presidência da República em 2026. Caiado disse que respeita a sentença da juíza Maria Umbelina, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), mas confirmou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Em março eu lançarei minha candidatura à Presidência da República e depois do carnaval estarei me colocando pelo União Brasil. Tenho viajado o Brasil debatendo vários temas”, acrescentou.
O governador criticou os adversários Rogério Cruz (Solidariedade), prefeito de Goiânia, e o presidente Lula (PT).
Cruz, que ficou em sexto lugar nas eleições municipais em Goiânia, foi o primeiro alvo. Sua gestão atravessa crise na área da saúde. Seu secretário, Wilson Pollara, foi recentemente detido por suspeita de fraude em contratos.
“Em relação ao fato que está sendo colocado, vocês sabem muito bem que o que está acontecendo em Goiânia já estava acontecendo há seis meses. Tanto é que está tendo intervenção na saúde. Por isso, eu reuni vereadores eleitos e suplentes para tratar de um assunto extremamente delicado, porque a discussão já existia diante do colapso da máquina. Não foi uma reunião com intuito eleitoral, mas de tratar uma preocupação que tenho com a situação de Goiânia”, disse o governador.
Primeira instância
De acordo com a sentença de primeira instância emitida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, Caiado utilizou o Palácio das Esmeraldas para organizar jantares de campanha para seu candidato em Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). Ele foi cassado por ter, segundo a decisão, se beneficiado politicamente dos eventos.
“Não cabe a mim ficar discutindo decisão judicial. Isso será feito no ambiente correto, mas muitos amigos me mandaram um caso da presidente Dilma Rousseff, que se reuniu no Palácio da Alvorada (…) Em 2022, apoiei Bolsonaro no segundo turno e fui ao Palácio da Alvorada com mais 80 prefeitos. Em 2024, Lula pediu votos para Boulos dentro do Palácio da Alvorada. Não podemos ter dois pesos e duas medidas, eu moro aqui. Não podemos ter dois tratamentos”.
TRE
Caiado e Mabel ainda têm a opção de recorrer no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para um veredito coletivo e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por essa razão, o prefeito eleito tem a possibilidade de assumir o cargo normalmente, já que a perda do mandato só acontece após a conclusão do processo.
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