Caiado a O Antagonista: “Povo quer o fim do foro e devemos atendê-lo”
Para Ronaldo Caiado, este é o momento para o Senado dar um bom exemplo e fazer o que a sociedade espera: acabar com o foro privilegiado. Caiado é um dos signatários do requerimento que cobra celeridade na tramitação da matéria.“Qualquer gesto contrário mostrará que o Senado está descolado do povo”, afirmou a O Antagonista. Veja os principais trechos da conversa...
Para Ronaldo Caiado, este é o momento para o Senado dar um bom exemplo e fazer o que a sociedade espera: acabar com o foro privilegiado. Caiado é um dos signatários do requerimento que cobra celeridade na tramitação da matéria.
“Qualquer gesto contrário mostrará que o Senado está descolado do povo”, afirmou a O Antagonista. Veja os principais trechos da conversa:
O Antagonista – A que o senhor atribui a resistência dos senadores ao fim do foro privilegiado?
Ronaldo Caiado – É preciso ver até que ponto essa resistência vai ser amenizada nos próximos dias. Há um sentimento muito forte na sociedade e os senadores precisam entender que sua imunidade parlamentar é apenas de opinião. A sociedade quer que todos tenham tratamento igual. Não se pode transformar o STF num tribunal penal, porque ele não tem capacidade prática de responder a tantas demandas. Somente os chefes dos poderes devem ser julgados pelo STF.
O Antagonista – Os senadores estão sendo corporativista por medo da Lava Jato?
Caiado – O que posso dizer é que vou trabalhar até o fim para conseguirmos o número necessário de assinaturas para que a matéria seja levada ao plenário. Não podemos confundir crime com imunidade parlamentar. Devemos mostrar que os senadores estão dispostos a abrir mão do foro, neste momento importante do Brasil, e dar o exemplo para os beneficiados dos demais poderes.
O Antagonista – Se o foro for mantido, o Senado teme a frustração dos cidadãos?
Caiado – Todos esses temas em discussão hoje no Congresso são efervescentes e tocam na vida do cidadão. Por isso, criam uma resistência maior da população aos políticos. Não devemos agir por medo, mas para dar um bom exemplo. Faremos o que a sociedade espera. Qualquer gesto contrário mostrará que o Senado está descolado do povo.
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