Cadeiras arremessadas por professores em assembleia no Ceará
Agressões e cadeiras arremessadas marcaram assembleia de sindicato de professores no Ceará, estado do atual ministro da educação, Camilo Santana, e governado pelo petista Elmano de Freitas
Agressões e cadeiras arremessadas marcaram assembleia de sindicato de professores no Ceará, estado do atual ministro da educação, Camilo Santana, e governado pelo petista Elmano de Freitas.
A confusão foi motivado pela discordância entre docentes e diretores do Sindicato dos Servidores Públicos das Secretarias de Educação dos Municípios do Ceará (Apeoc) sobre a votação para deliberação da greve.
Os professores presentes na assembleia tentaram votar pela greve, mas a direção do Sindicato simplesmente encerrou a reunião e disse que não haveria votação.
Agressões
Uma professora foi agredida pelo segurança da Apeoc, enquanto pedia a palavra para iniciar a votação pela greve. A mesa diretora, com seguranças privados contratados, não queria a votação, mesmo que a assembleia geral tenha sido convocada para isso.
Bandeiras do sindicato foram queimadas no local. O presidente da Apeoc, Anísio Santos do Melo, perdeu o controle da assembleia e teve que sair escoltado, tentando se proteger de cadeiras arremessadas contra ele, que acabou atingido por alguns objetos. Em nota, a Apeoc chamou os professores de criminosos:
“Nos momentos finais da Assembleia, os criminosos arremessaram diversas cadeiras e jogaram vários objetos contra as cabeças dos membros de nossa direção e demais pessoas, que estavam de costas se dirigindo à saída do Ginásio Aécio de Borba. As cenas lamentáveis e inadmissíveis de selvageria, que circulam nas redes sociais envergonham a nobre profissão que exercemos e maculam a imagem da categoria dos profissionais do magistério perante a sociedade”, afirmou a Apeoc, em nota.
Truculência
Professores que estavam presentes no local relataram que o tumulto se iniciou após uma parte dos docentes cobrar o estabelecimento da greve, o que não foi acatado pela diretoria do sindicato. A equipe de segurança do sindicato agiu então com truculência e a assembleia foi encerrada de forma abrupta.
Durante as discussões, a professora Rebeca Veloso alega que foi empurrada por um segurança, quando tentava subir no palco onde estavam dirigentes do Sindicato. Ela informou que registrou boletim de ocorrência e realizou corpo de delito.
No B.O, a docente diz ser “vítima de agressão por parte de um segurança da direção do sindicato”. Rebeca afirma que se dirigiu ao palco para falar com o presidente do Sindicato e o homem “usou da força para retirá-la do local”. Ela teria caído do palco e ficado lesionada por conta da ação.
Entidade nega
Por meio da assessoria, a entidade nega a agressão. A Apeoc relatou que a professora “arrancou” o microfone da mão de Anízio Melo, que estava no palco da assembleia, precisando ser contida por um segurança.
Mais cedo, o sindicato havia divulgado avanço em negociações com o Governo do Estado (PT), chegando a avaliar como “positivo” os pontos discutidos na negociação. A maioria dos professores, porém, era contra o acordo e acusa o sindicato de traição à categoria.
Os educadores não teriam sido questionados sobre a proposta do Governo. Além disso, eles reclamam que o sindicato não colocou o movimento paredista em votação.
O professor Alan Lima afirma que durante a assembleia para deliberação da greve “a pauta foi modificada unilateralmente” para votar a aceitação da proposta do governo, que não teria sido aceito pela categoria.
Já o diretor do sindicato, Anizio Santos, que saiu da assembleia sob chuva de cadeiradas, informou que “não era legalmente permitido votar greve com mesa de negociacão em andamento“.
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